Lula e Bolsonaro se manifestam sobre segundo turno
Assim que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cravou a existência de um segundo turno entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL), marcado para o próximo dia 30, ambos os candidatos se manifestaram publicamente, em entrevistas coletivas que foram transmitidas ao vivo pela GloboNews. Considerando as urnas de todo o país, Lula teve 48,43% (ou 57.258.115 votos), e Bolsonaro 43,20% (ou 51.071.277 […]
Reportagem de: O Diário
Assim que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cravou a existência de um segundo turno entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL), marcado para o próximo dia 30, ambos os candidatos se manifestaram publicamente, em entrevistas coletivas que foram transmitidas ao vivo pela GloboNews.
Considerando as urnas de todo o país, Lula teve 48,43% (ou 57.258.115 votos), e Bolsonaro 43,20% (ou 51.071.277 votos). Mas em Mogi a situação foi diferente: Bolsonaro teve 46% dos votos e Lula 38%.
Após a divulgação destes resultados, na faixa das 22 horas, em São Paulo e rodeado de nomes como seu vice de chapa, Geraldo Alckmin, da ex-presidente Dilma Rousseff e de Gleisi Hoffmann, presidente do PT, Lula teve uma fala tranquila, embora tenha reconhecido que desejasse ganhar no primeiro turno, o que não aconteceu.
“Toda eleição que eu disputo, tenho vontade de ganhar no primeiro turno, mas nem sempre é possível. É uma coisa, na minha vida, que me motiva, me estimula e me faz renascer a cada dia, que é a crença de que nada acontece por acaso. Durante toda essa campanha, a gente teve na frente das pesquisas de opinião pública de todos os institutos. Mesmo aqueles que não queriam que a gente ganhasse, colocavam a gente em primeiro lugar. Eu sempre achei que a gente ia ganhar essas eleições e quero dizer que nós vamos ganhar”, disse ele, que considera as próximas quatro semanas como “apenas uma prorrogação”.
Sem abordar propostas ou caminhos a seguir, a fala do petista teve tom de campanha. “Adoro ir para rua, fazer comício, subir em caminhão, discutir com a sociedade brasileira. Vamos ter que conversar mais com as pessoas e convencer a sociedade brasileira do que estamos propondo”.
Embora tenha sido vago, para Lula, o segundo turno “é a chance de amadurecer as propostas e a conversa com a sociedade” e de “construir alianças e leque de apoio”.
Ainda na faixa das 22 horas, Bolsonaro, por outro lado, foi direto ao ponto e já disse o que deve fazer nos próximos dias. Em Brasilia, acompanhado do filho e senador Flávio Bolsonaro, falou sobre a situação econômica do país.
“Eu entendo que tem muito voto que foi pela condição do povo brasileiro, que sentiu o aumento dos produtos, em especial da cesta básica. Entendo que é vontade de mudar, por parte da população. Mas tem certas mudanças que podem vir para o pior. E a gente tentou, durante a campanha, mostrar esse outro lado, mas não parece que atingiu a camada mais importante da sociedade”.
Diferente de Lula, ele comemorou a vitória sobre a “mentira”, se referindo às pesquisas eleitorais que o apontavam com menor porcentagem de aceitação, e prometeu “mostrar melhor para a população brasileira, em especial a classe mais afetada, que é consequência da política do ‘fica em casa e a economia a gente vê depois’, que é consequência de uma guerra lá fora”.
O atual presidente tem certeza de que vai convencer que podem ser pior “as mudanças, que porventura alguns querem”, e citou a situação econômica e social de países vizinhos ao Brasil, como Argentina, Colômbia e Venezuela como argumento favorável a ele.
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