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Mogi faz campanha para combater abandono e estimular adoção de animais

Neste último mês do ano, a vereadora Fernanda Moreno (MDB) planeja uma série de atividades para a campanha “Dezembro Verde”, com o objetivo de estimular a adoção, conscientizar sobre o abandono de animais e combater esse problema que se intensifica especialmente nesse período de férias, viagens e festas. As ações começam neste sábado (5), com […]

5 de dezembro de 2020

Reportagem de: O Diário

Neste último mês do ano, a vereadora Fernanda Moreno (MDB) planeja uma série de atividades para a campanha “Dezembro Verde”, com o objetivo de estimular a adoção, conscientizar sobre o abandono de animais e combater esse problema que se intensifica especialmente nesse período de férias, viagens e festas.

As ações começam neste sábado (5), com a realização de um Drive Thru Solidário:  voluntários do Grupo FERA estão no estacionamento do Hipermercado Extra do Mogilar (Av. Pref. Carlos Ferreira Lopes, 600) desde as 10h, arrecadando ração para animais resgatados por protetores de animais que, sofreram com a queda no número de doações nos últimos meses.

A previsão é que o evento aconteça também nos próximos finais de semana (12, 13, 19 e 20), no mesmo local. A vereadora explica que qualquer alteração necessária em razão da pandemia será avisada pelas redes sociais.

A campanha foi idealizada pela própria vereadora defensora da causa animal, porque, segundo ela, a situação se complicou neste ano por causa da pandemia, com o abandono de muitos animais nos últimos meses meses.

“Além do aumento de pedidos de resgate, protetores e ONGs, desde meados de maio, sentiram a queda do número de adoção de animais adultos e do número de doações. No início da pandemia, a procura por filhotes aumentou, mas a adoção de cães e gatos mais velhos não acompanhou”, comenta.

O comportamento desse atual período é incerto, na avaliação dela, porque não se sabe ainda se os números de bichos abandonados aumentarão, se haverá período de férias, se as pessoas optarão por viajar neste final de ano, e se a pandemia vai continuar sendo um dos motivos para justificar o abandono.

Por isso mesmo, através da campanha, ela quer chamar atenção de toda a cidade, “afinal, não existe animal de rua, existe animal que teve um lar e foi deixado nas ruas”.

A campanha também incentiva a adoção de animais adultos, arrecadação de ração e mantimentos para animais resgatados por protetores, respeitando as regras de distanciamento social e segurança.

Divulgação

Uma das ferramentas para divulgar esse trabalho são as redes sociais. Fernanda Moreno explica que ao longo do mês, mensagens de informação sobre o abandono e demais atos considerados maus-tratos serão postadas em suas páginas, além de orientações e procedimentos que devem ser tomados ao presenciar situações de maus-tratos.

Foi criado o ‘Varal da Adoção’ para incentivar a adoção de cães e gatos adultos, fotos dos animais para adoção tutelados pelo FERA estarão disponíveis em espaços público e privados da cidade, com nome, idade e comportamento do pet a procura de um lar.

Abandono

Além de ser crime, a vereadora representante da causa alega que o abandono é porta de entrada para outros tipos de maus tratos cruéis, como envenenamento, brutalidades, mutilação e morte do animal.

A Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, de Crimes Ambientais, prevê em seu Art. 32 que atos de abuso e maus tratos contra animais silvestres e domésticos são considerados crimes, com pena de detenção de três meses a um ano, e multa, com aumento de pena de reclusão de 2 a 5 anos, além de multa e proibição da guarda, quando se tratar de cão e gato.

Dados

As estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), como destaca a vereadora, é de que só no Brasil existam mais de 30 milhões de animais abandonados, entre 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. Em cidades de grande porte, para cada cinco habitantes há um cachorro. Destes, 10% estão abandonados. No interior, em cidades menores, a situação não é muito diferente. Em muitos casos o número chega a 1/4 da população humana.

Ela observa ainda que os fogos de artifício é uma outra questão que contribui para o aumento de animais nas ruas no período de festas são os fogos de artifício. O barulho causa pânico nos cachorros, porque foge do padrão sonoro a que eles estão acostumados no dia a dia.

“A sucessão de estouros pode levá-los ao desespero devido à audição mais sensível que a humana, fazendo com que eles busquem um lugar seguro para se esconder e se livrar do barulho, procurando por seu dono ou fugindo”, observa.

Para evitar esse problema, a vereadora ressalta que grande parte das empresas especializadas em fogos de artifício já contam com opções de shows pirotécnicos sem barulho a fim de amenizar os danos causados aos pets pelo barulho.

Em Mogi das Cruzes, a venda de fogos e a soltura de fogos de artifício com estampido são proibidas por lei (Lei nº 2.928/85 e Lei nº 7.510/19, respectivamente). Flagrantes devem ser denunciados pelo número 153.

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