Diário Logo

Encontre o que você procura!

Digite o que procura e explore entre todas nossas notícias.

Morre, aos 68 anos, Nelson Abud, conhecido morador do centro

A morte do mogiano Nelson Abud, de 68 anos, mobilizou as redes sociais no início da tarde deste sábado. Aposentado, sempre visto em um dos mais tradicionais cafés do calçadão da rua Dr. Deodato Wertheimer, ele faleceu após complicações causadas pela Covid-19, segundo familiares. Não houve velório, e o sepultamento foi restrito. Filho dos comerciantes […]

5 de dezembro de 2020

Reportagem de: O Diário

A morte do mogiano Nelson Abud, de 68 anos, mobilizou as redes sociais no início da tarde deste sábado. Aposentado, sempre visto em um dos mais tradicionais cafés do calçadão da rua Dr. Deodato Wertheimer, ele faleceu após complicações causadas pela Covid-19, segundo familiares. Não houve velório, e o sepultamento foi restrito.

Filho dos comerciantes Linda e Felipe Abud, Nelson residiu toda a vida na região central, primeiro, no número 530 da rua Coronel Souza Franco, e mais recentemente, no bairro do Shangai.

Os pais dele eram proprietários da Loja dos Salgados, um conhecido armazém de secos e molhados, que funcionou na esquina da própria Coronel Souza Franco e a Presidente Rodrigues Alves, em frente ao Mercado Municipal.

Com o falecimento do pai, ele passou a cuidar da mãe, dona Linda, como era chamada a cozinheira de mão cheia, como se diz. Muito amiga do prefeito Waldemar Costa Filho, dona Linda era quem preparava os quitudes oferecidos ao político Paulo Maluf, nas visitas que ele fazia ao aliado mogiano.

Nelson Abud tinha 68 anos e amigos mantidos desde a infância e cativados por sua personalidade: discreto, comedido, gentil e de fácil trato com as pessoas, como lembra a prima dele, Maria Helena Cecin Albernaz.

Ela conta que um forte resfriado precedeu ao agravamento dos sintomas da Covid-19, desde o último dia 14 de novembro. “Quando ele procurou ajuda médica, o pulmão já exigiu cuidados especiais, e ele infelizmente não resistiu. É uma grande perda para os amigos e familiares”, disse ela.

Abud deixa a irmã, Ana Cristina Abud Andari, que reside em Salvador, na Bahia, além dos muitos amigos que se utilizaram das redes sociais para falar sobre o morador da região central, que sempre era visto em caminhadas e no trato dos serviços bancários.

Ana Cristina contou que insistiu para o irmão procurar ajuda médica rapidamente, porque temia que o resfriado fosse a Covid-19. “Eu falei muito com ele para ir ao médico, mas ele achava que era uma gripe”.

Sobre o irmão, ela comentou: “era tão bom, mas tão bom, que não prestava para o  mundo tão complicado como o de hoje. Ele tinha um coração muito bom”.

Nelson Abud era solteiro e gostava de reunir os amigos que saboreavam uma de suas especialidades culinárias, um bom churrasco.

Nas redes sociais, Sandro Monfort comentou que o chamava carinhosamente de Nelsão, e ele foi um dos “melhores passageiros e cliente do serviço de táxi da cidade”. “Vários profissionais taxistas sentirão a falta dele, pela boa conversa. Sempre que passava pelos pontos, fazia questão de cumprimentar os taxistas que lhe prestavam serviço”, disse.

 

 

Veja Também