Mortes por Covid-19 em Mogi diminuem 40% em outubro
As mortes causadas por Covid-19 de 1 a 30 de outubro diminuíram 40,74% na comparação com o mesmo período de setembro em Mogi das Cruzes. Enquanto no nono mês do ano foram registrados 81 óbitos provocados pela doença, em outubro houve 48. As informações são do Portal da Transparência do Registro Civil. O número total […]
Reportagem de: O Diário
As mortes causadas por Covid-19 de 1 a 30 de outubro diminuíram 40,74% na comparação com o mesmo período de setembro em Mogi das Cruzes. Enquanto no nono mês do ano foram registrados 81 óbitos provocados pela doença, em outubro houve 48. As informações são do Portal da Transparência do Registro Civil.
O número total de mortes por causa de problemas respiratórios, que incluem a Covid-19, reduziu 26,95%, passando de 371 em setembro para 271 em outubro (Veja os números detalhados abaixo).
Segundo a doutora em Saúde Pública e diretora da Rede Básica de Saúde da Prefeitura de Mogi, Tatiana Mello, a análise de redução de mortes deve ser feita com cautela. “Todos os dados de outubro podem ainda não estar contabilizados. Os números disponibilizados pelo Portal da Transparência do Registro Civil mostram a causa de óbito declarada e o prazo legal é de até 15 dias, assim, alguns dados de óbitos de outubro podem ser registrados até 15 de novembro, influenciando na análise comparativa entre setembro e outubro”, explica.
Ela destaca que no site da Prefeitura Municipal constam os dados de óbitos confirmados por Covid, apresentados por semana epidemiológica, com a comparação desde o início da pandemia. “Podemos notar que existe, agora, realmente uma tendência de declínio do número de óbitos pela doença no município”, afirma.
Na avaliação de Tatiana, as medidas profiláticas utilizadas para a prevenção da Covid-19, como o isolamento social, lavagem frequente das mãos, uso de álcool em gel e, principalmente a utilização de máscara, também são eficazes na prevenção da transmissão das doenças respiratórias. “Acredito também que todo investimento em equipamentos e profissionais de saúde para o combate à Covid pode ter ajudado para a melhor assistência às pessoas com problemas respiratórios”, diz.
A profissional confirma que há um período de declínio da curva epidêmica. “Podemos considerar que a epidemia aqui está perdendo força, não a pandemia, pois quando falamos em pandemia, consideramos a situação no mundo e, como estamos observando, a epidemia em alguns países da Europa, como a Alemanha, voltou à fase de aumento de casos e óbitos, chamada de segunda onda epidêmica. As pessoas estão se cuidando mais, porém também já estão cansadas, o que é natural, todos estamos, mas ainda não podemos considerar que a pandemia acabou. Enquanto não tivermos uma vacina, estaremos vulneráveis”, alerta.
Tatiana lembra, ainda, que o mundo inteiro procura entender melhor a doença e suas consequências. “Não podemos achar que o risco não existe mais. A nova onda na Europa confirma que não podemos relaxar”, completa.
A notícia positiva é que a tendência, segundo a médica, é de continuar diminuindo o número de óbitos na cidade. “Estamos na fase de declínio da curva epidêmica. A Prefeitura implementou diversas ações de monitoramento e controle que possibilitaram essa redução, mas o cuidado precisa ser pactuado e a pessoas devem continuar adotando as medidas necessárias para prevenção e cuidado”, reforça.
Os dados de mortes por Covid que constam no Portal da Transparência do Registro Civil diferem dos divulgados pela Prefeitura Municipal porque há óbitos registrados nos cartórios de Mogi correspondentes a pessoas que morreram em hospitais da cidade, mas que moram em outros municípios.
“Os cartórios de Mogi registram todos os óbitos ocorridos no município. Mogi é centro de referência em saúde para muitas cidades da região, então recebe nos hospitais pacientes de diferentes locais. Além disso, alguns atestados de óbito registram apenas que aquele óbito é suspeito de Covid e a confirmação ou não da presença do vírus pode ocorrer depois de algum tempo, por isso, os dados da Prefeitura são mais fidedignos, pois apresentam os casos e óbitos confirmados de Covid”, considera a diretora da Rede Básica de Saúde.
Mogi registra menos óbitos por doenças respiratórias
De acordo com o Portal da Transparência do Registro Civil, foram registrados 371 óbitos causados por doenças respiratórias em setembro deste ano: 81 (Covid-19), pneumonia (72), insuficiência respiratória (39), septicemia (34), indeterminada (2) e demais causas (143). Já em outubro, o total de mortes foi 271, sendo 48 (Covid-19), insuficiência respiratória (31), pneumonia (44), septicemia (36), demais causas (111) e indeterminada (1).