Mudanças no secretariado de Caio beneficiam o MDB e União Brasil

Reportagem de: O Diário

Repercutiu intensamente nos meios políticos da cidade a notícia divulgada pela coluna sobre novas mudanças no primeiro escalão de Caio Cunha (PODE) por conta de acordos políticos que buscam consolidar a base de apoio do prefeito mogiano, virtual candidato à reeleição nas eleições municipais do próximo ano.

As primeiras informações davam conta da entrega de duas secretarias – Mobilidade Urbana e Meio Ambiente e Proteção Animal – para serem comandadas por pessoas ligadas ao MDB do presidente nacional, deputado federal Baleia Rossi.

A coluna errou. Somente a Mobilidade Urbana, a ser comandada por Caio Luz – que, por sinal, tomou posse nesta quarta-feira (12), pela manhã -, é que pertence ao MDB.

A outra secretaria, de Meio Ambiente e Proteção Animal, foi negociada em troca do apoio do União Brasil, conforme corrigiu um dos dirigentes locais do partido, em contato com a coluna, também na quarta.

Dessa forma, a ex-secretária de Meio Ambiente de Arujá, Ionara Amélia Fernandes, que serviu ao governo emedebista do ex-prefeito José Luiz, foi indicada pelo União Brasil que, com isso, também passa a integrar o bloco de apoio do prefeito, que começou bem cedo a preparar sua estratégia para encarar os virtuais adversários, no pleito do próximo ano.

Só para lembrar, André Saraiva, secretário do Meio Ambiente, tornou-se secretário-adjunto de Ionara, enquanto Cristiane Ayres, de Mobilidade Urbana, foi elevada à condição de consultora municipal, de onde continuará cuidando de obras fundamentais para o atual governo, como as mudanças na região da rotatória do Habib’s e Terminal Rodoviário Geraldo Scavone.

Indagado sobre outros partidos que poderão integrar o seu projeto eleitoral de reeleição, o prefeito Caio Cunha, evitou dar outras pistas, mas prometeu fazer a divulgação a conta-gotas, evitando que o assunto fosse explorado por inteiro numa primeira notícia. Um sinal de que novas negociações poderão acontecer envolvendo cargos na estrutura interna da Prefeitura de Mogi, mesmo que isso possa custar a unidade das ações de equipe no governo municipal.

Toca pra Sampa!

O rocambolesco episódio das espinhas de peixe que atormentaram, por alguns dias, a vida do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, também serviu para demonstrar que continua mais que atual a frase cunhada pelo senador mineiro Magalhães Pinto, na década de 70, segundo a qual, “o melhor hospital de Brasília é a ponte aérea para São Paulo”. A declaração refletia a precariedade dos serviços médicos na capital federal, ainda bem jovem. Mas mesmo podendo contar atualmente com representações de grandes hospitais paulistanos, hoje existentes na Capital Federal, Costa Neto preferiu correr para o Sírio-Libanês, em São Paulo, onde foi atendido por médicos de seu conhecimento e de sua mais absoluta confiança.

Balanço presidencial

O presidente da Câmara, vereador Marcos Furlan (PODE), acaba de divulgar o balanço de suas atividades parlamentares durante o mês de março passado. Foram 455 ações, divididas entre 16 reuniões, 42 visitas uma moção, um requerimento, 266 atendimentos, 120 ofícios, seis indicações e três projetos de lei.

Massacre: condenação (1)

O governo do Estado de São Paulo foi condenado a pagar uma indenização de R$ 10 mil, acrescida de juros e correção monetária, a um aluno que sobreviveu ao massacre ocorrido na Escola Raul Brasil, em Suzano, no mês de março de 2019. O ataque protagonizado por dois ex-alunos da escola – que se suicidaram após o crime – deixou cinco alunos e duas funcionárias mortas.

No processo contra o governo paulista, o estudante que chegou a ficar frente a frente com um dos agressores, que preferiu atacar um outro grupo de alunos, no pátio interno da escola. Quatro anos depois, ele disse que continua em tratamento psicológico em função do trauma. A advogada do jovem alegou que ao receber um estudante na rede oficial de ensino, o Estado assume o compromisso de velar pela preservação de sua integridade.

Massacre: condenação (2)

Já o governo paulista fez sua defesa alegando que os agentes do Estado não cometeram nenhuma conduta ilícita e, portanto, não poderiam ser responsabilizados pelo ocorrido. O juiz Paulo Marsiglia, primeiro a julgar o processo, afirmou que houve negligência e omissão, já que, em sua avaliação, o Estado tinha o dever de garantir a guarda e a incolumidade dos alunos ali matriculados.

O governo ainda deverá recorrer da sentença de primeira instância, mas a decisão inicial poderá incentivar outros alunos a ingressar com ações indenizatórias contra o Estado de São Paulo.

Olha o golpe!

Os frequentadores habituais das redes sociais certamente se depararam – ou, eventualmente, até se interessaram – por uma suposta “promoção histórica” de faqueiro pela loja Havan, a um preço altamente compensatório. Era um golpe. Quem clicou na oferta foi parar num site, com visual semelhante ao de um portal de notícias, que redirecionava o internauta para outra página na internet, onde era induzido à compra. Quem fez o pedido e pagou por ele, perdeu o dinheiro para golpistas que, segundo o comando da empresa, estariam produzindo anúncios falsos usando o nome da Havan e de seu proprietário Luciano Hang. A empresa pede que fatos semelhantes sejam denunciados às autoridades e as promoções só podem ser conferidas no site oficial e redes sociais oficiais da loja.