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Polícia encontra pá, enxada e foice em área onde sete corpos foram enterrados; dois homens fugiram

Na área em que a Guarda Municipal de Mogi encontrou sete corpos no começo da tarde deste domingo (23) havia pá, enxada, pedaços de cordas e roupas, além de duas pessoas, que fugiram quando os agentes foram abordá-los.  De acordo com o boletim de ocorrência, registrado na Central de Flagrantes de Mogi, os guardas municipais […]

23 de novembro de 2020

Reportagem de: O Diário

Na área em que a Guarda Municipal de Mogi encontrou sete corpos no começo da tarde deste domingo (23) havia pá, enxada, pedaços de cordas e roupas, além de duas pessoas, que fugiram quando os agentes foram abordá-los. 

De acordo com o boletim de ocorrência, registrado na Central de Flagrantes de Mogi, os guardas municipais faziam um patrulhamento no bairro, quando encontraram dois homens na região onde os corpos estavam, mas fugiram ao ver a viatura. 

Por se tratar de um lugar conhecido pelo tráfico de drogas, segundo a GCM, os agentes foram até a mata a fim de verificar se havia algum objeto escondido e se depararam com a terra remexida e parte de um corpo aparecendo. A terra no entorno também estava remexida, então os agentes pensaram que havia mais corpos no local. 

Segundo o boletim de ocorrência, no total sete corpos foram encontrados em seis covas diferentes. Em cinco delas havia apenas um corpo, todos de homens. Enquanto em outra estavam enterrados uma mulher e um homem. Todos com as mãos amarradas por corda ou pedaço de pano. 

Em uma das vítimas havia a documentação de identificação, mas os exames ajudarão a reconhecer se trata-se de um morador de Suzano, que estava desaparecido desde 3 de novembro. 

Os agentes acionaram o Instituto de Criminalística, que periciou o local. 

O caso foi registrado como homicídio qualificado consumado e morte suspeita/encontro de cadáver. 

Investigação

O delegado titular do Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) de Mogi das Cruzes, Rubens José Ângelo, contou em entrevista a O Diário que esteve no local em que os corpos foram encontrados. Pelo processo de decomposição não avançado, ele acredita que as mortes ocorreram há menos de dois meses.

“O primeiro passo agora é fazer a identificação dos corpos, porque a partir dele a gente começa a procurar a autoria. Até o momento, estamos ouvindo familiares de apenas uma das vítimas, que possivelmente é um homem, morador de Suzano. Mas ainda não dá para confirmar que seja ele”, destaca.

A metodologia utilizada na morte dessas sete pessoas, ao que tudo indica sem o uso de arma de fogo, fez com que a polícia desconfiasse que pode ter ligação com outros crimes na cidade. Um deles é o caso de dois motoboys que desapareceram no ano passado e um deles foi encontrado enterrado em Jundiapeba.

No mesmo distrito, o corpo de um casal também foi encontrado já sepultado, neste ano. “Os outros casos estão com a investigação avançada. Tudo ainda é uma suposição, mas o modus operandi é muito parecido”, disse o delegado. 

 

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