População indígena cresceu 32%, nos últimos 12 anos, em todo o Alto Tietê
O mais recente Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou um crescimento de 32% na população indígena dos dez municípios que compõem a região do Alto Tietê, localizada na área Leste da Grande São Paulo. Levantamento feito pela coluna, com base nas informações do Censo, mostra que a população indígena […]
Reportagem de: O Diário
O mais recente Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou um crescimento de 32% na população indígena dos dez municípios que compõem a região do Alto Tietê, localizada na área Leste da Grande São Paulo. Levantamento feito pela coluna, com base nas informações do Censo, mostra que a população indígena da região, no ano de 2010 era de 1.394 pessoas, tendo chegado a 1.900 no ano de 2022, uma elevação de 506 pessoas que se declararam indígenas ou descendentes dos povos indígenas do País.
O percentual de crescimento ocorrido na região ainda está abaixo do total verificado nos 39 municípios da Grande São Paulo, que chegou a 41%. E ainda mais inferior ao índice nacional, cuja alta foi de 88%, com a população de indígenas e descendentes alcançando o total de 1,6 milhão de habitantes.
A população indígena na região do Alto Tietê diminuiu em cinco municípios e cresceu em outros cinco.
Os maiores índices proporcionais de crescimento ocorreram em Guararema (286%), com os 14 indígenas de 2010 aumentando para 54, em 2022. Em Itaquaquecetuba, o crescimento foi de 145%: a população aumentou de 202 para 494 pessoas. Já em Mogi das Cruzes (49%), o aumento foi de 361 para 536 indígenas. No município de Arujá (44%), a população indígena foi de 77 para 112 pessoas. Ferraz de Vasconcelos teve um aumento de 16%: de 191 para 222.
A redução na população indígena ocorreu em Santa Isabel (-28%), de 50 para 36; Poá (-24%), de 104 para 79; Biritiba Mirim (-21%), de 33 para 26; Salesópolis (-20%), de 5 para 4; e Suzano(-5%), de 357 para 338 pessoas..
Em Mogi das Cruzes, uma parcela desse grupo se concentra especialmente na região próxima do bairro da Porteira Preta, onde até pouco tempo viviam 11 famílias da etnia tupi-guarani, morando na aldeia M’Boiji, formada por casas de bambu e plantações. O local tem escola e espaços para criação de animais, assim como para as orações dos integrantes da tribo.
Sob o comando do cacique Luis Wera Jyekupe Lima, atualmente com 61 anos, o grupo procura manter as tradições culturais de religiosas deixadas pelos seus ancestrais.