Projeto político de Tarcísio inclui a presidência da República. Em 2030

Reportagem de: O Diário

Pode estar literalmente enganado quem apostar no atual governador paulista, Tarcísio de Freitas (REP) como candidato a presidente da República nas eleições gerais de 2026. O candidato da centro-direita para substituir Jair Bolsonaro (PL), impedido de concorrer por uma decisão do TSE, deverá ser outro.

Se a eleição fosse hoje, o atual governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), seria o nome mais provável, mas até a data do pleito, muita coisa ainda poderá acontecer.

O certo é que a presidência da República somente entrará no radar político de Tarcísio a partir de 2030.

Até lá, o seu projeto será outro, segundo revelou à coluna o seu principal articulador político, o secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, durante recente visita a Mogi das Cruzes.

A meta de Tarcísio é realizar uma grande administração, “a melhor que o Estado já teve, nos últimos tempos”, o que deverá cacifá-lo para concorrer à reeleição, com chances concretas de ser escolhido pela segunda vez para dar continuidade aos projetos existentes ou iniciar outros que poderão surgir pelo caminho.

A estratégia é transformar São Paulo em uma grande vitrine de sua capacidade administrativa e, aí sim, concorrer ao cargo de presidente da República, tendo o que mostrar ao eleitorado.

Por isso mesmo, a preocupação do governador em promover mudanças estruturais no Estado, como a que está sendo preparada para a área da saúde pública, para impor sua marca de administrador competente e ousado, capaz de resolver problemas que se arrastam há muito tempo, sem solução de parte dos governos que o antecederam.

Junto com a saúde, virão alterações profundas em outros setores, entre eles o de transportes, onde Freitas parece apostar na volta dos trens de passageiros, explicitada nos projetos do Trem Intercidades, para ligar São Paulo a Campinas, Sorocaba, Vale do Paraíba e Baixada Santista.

Todo esse ousado plano teria como principal pilar de sustentação a idade do governador. Aos 48 anos (ele nasceu em 19 de junho de 1975), Tarcísio é apontado por seus articuladores políticos, como alguém com plenas condições de levar adiante todos esses projetos pessoais e se eleger, em 2030, como um dos mais jovens presidentes da história brasileira, aos 55 anos. Mas com uma grande experiência administrativa, comprovadamente demonstrada à frente do maior estado da Federação.

Kassab aposta na eficiência deste projeto político, do qual ele faz parte. E vale lembrar que o secretário é um expert, que sabe, como poucos, cuidar de articulações desse tipo.

PSOL & Rede

Os partidos PSOL e Rede Sustentabilidade realizarão  um ato político para a formalização da Federação PSOL-Rede  em Mogi das Cruzes e para apresentar a direção do novo grupo político.

O evento será às 19 horas desta sexta-feira (28), no Auditório Tufi Elias Andere, na Câmara Municipal. Integrantes dos dois partidos, em níveis nacional e estadual, são aguardados para o evento, assim como representantes de agremiações de esquerda da cidade.

O convite para a reunião vem assinado pela presidente do PSOL de Mogi, vereadora Inês Paz, e pelo presidente da Rede, na cidade, Carlos Alexandre Gonçalves.

Debate

O presidente da Associação dos Moradores  do Jardim São Pedro e Região, Adalberto Andrade, continua cobrando da Comissão Permanente de Transportes de Câmara uma reunião com a participação do secretário de Mobilidade Urbana, Caio Luz, para se discutir a questão da extensão até César de Souza, do trajeto dos atuais trens de subúrbio da CPTM.

Andrade acredita que durante o recesso, haveria mais tempo para um debate prolongado acerca do assunto.

Comparativos

Sabe-se lá por quais motivos, mas é certo que as primeiras comparações do governo Caio Cunha (PODE), com o de seu antecessor, o ex-prefeito Marcus Melo (sem partido), simplesmente desapareceram por das redes sociais do atual prefeito, após a publicação nesta coluna.

Condenações 

A 10ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a decisão da 1ª Vara de Arujá, que condenou dois réus por estelionato. As penas fixadas chegam a dois anos, quatro meses e 24 dias de reclusão, além do pagamento de multa.

Os réus Francisco Dutra Chagas Filho e Daniel Tavares foram acusados de, juntamente com outros indivíduos não identificados, utilizar documentos falsificados para ingressar com ações judiciais cíveis e obter a liberação judicial de automóveis apreendidos.

A fraude foi aplicada em Arujá e em pelo menos mais 17 comarcas do estado de São Paulo.