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PSDB terá nova baixa e presidente Komura busca reorganizar partido

Após perder o seu presidente, o ex-prefeito Marcus Melo, e o vereador José Luiz Furtado, o PSDB de Mogi está prestes a sofrer uma nova baixa. O vereador Marcelo Porfírio da Silva, o Marcelo Brás do Sacolão, já avisou ao novo presidente do Diretório Municipal, o também vereador Pedro Komura, que irá deixar o partido. […]

14 de julho de 2023

Reportagem de: O Diário

Após perder o seu presidente, o ex-prefeito Marcus Melo, e o vereador José Luiz Furtado, o PSDB de Mogi está prestes a sofrer uma nova baixa. O vereador Marcelo Porfírio da Silva, o Marcelo Brás do Sacolão, já avisou ao novo presidente do Diretório Municipal, o também vereador Pedro Komura, que irá deixar o partido.

A saída de Marcelo é resultado de algumas exigências feitas por ele e não aceitas pela administração municipal. Segundo consta, na condição de vereador mais votado da eleição passada para a Câmara Municipal, ele teria reivindicado, entre outras coisas, o comando da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, além de cargos na estrutura do governo.

O prefeito Caio Cunha (PODE) não teria concordado, o que levou o vereador para a condição de um dos mais ferrenhos opositores da atual administração dentro da Câmara.

Com o PSDB nas mãos do atual presidente Pedro Komura, vereador licenciado para ocupar a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação da Prefeitura, o integrante do grupo de oposição ao prefeito viu seu espaço reduzido dentro da agremiação e, por conta disso, decidiu sair.

Ao anunciar sua saída, o vereador reclamou também da falta de respaldo do partido, já que as executivas nacional e estadual do partido nunca ajudaram diretamente os candidatos a vereador, que sempre dependeram de alianças com os candidatos a prefeito, durante o período eleitoral.

Ainda não se tem notícia sobre a legenda que deverá abrigar Marcelo, que já mostrou ser bom de voto, ao totalizar 3.205 sufrágios, na primeira eleição em que participou.

Com toda essa reviravolta, o PSDB que elegeu quatro vereadores, terá sua bancada reduzida à metade, com a permanência de Gustavo Siqueira (suplente de Komura, atualmente no cargo) e Mauro de Assis Margarido, o Maurinho do Despachante.

Isso, no entanto, não tira o ânimo do novo presidente, que começa a dar os primeiros passos na direção da reestruturação da agremiação na cidade.

Segundo Pedro Komura, suas preocupações atuais são aumentar o número de filiados e organizar uma boa chapa de candidatos a vereador para concorrer às próximas eleições pelo partido.

“Estamos montando a chapa com pessoas do nosso quadro e com novos filiados. Estou satisfeito e impressionado com a receptividade do PSDB sob o meu comando”, afirmou ele à coluna, nesta quinta-feira (13), pela manhã. Segundo Komura, as saídas de alguns integrantes não deverão influir negativamente no ânimo dos remanescentes do partido e dos candidatos às eleições do próximo ano na cidade.

“Vamos ser competitivos”, promete o presidente Pedro Komura.

 

Rumos da sucessão

Na visão de observadores políticos locais, um bom termômetro para se avaliar as chances de uma aliança entre PL e o prefeito e virtual candidato à reeleição, Caio Cunha (PODE), será o posicionamento de Valdemar Costa Neto em relação à sucessão na Câmara Municipal de Mogi.

Hoje, a disputa pela presidência está dividida entre dois candidatos do PL, os vereadores Clodoaldo de Moraes, do grupo de apoio ao prefeito, e Francimário de Macedo, o Farofa, de oposição.

A definição por um deles poderá indicar maior ou menor possibilidade de um acordo.

 

PSB na berlinda

Se ainda não conversou, o prefeito Caio Cunha ainda deverá se encontrar com o médico Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho, o Chico Bezerra, para tentar trazer o PSB, partido que ele preside, para o seu leque de apoio no pleito do próximo ano.

Até agora, a reeleição de Caio já conta com a adesão do PODE, PSDB, MDB, PP e União Brasil. Mas ele quer mais.

 

Por duas vagas

Enquanto cidades do interior do Brasil, como Venâncio Aires (RS), estão acionando o IBGE na Justiça em razão de números de Censo de 2022, considerados defasados, que podem interferir negativamente em suas arrecadações, em Mogi, a história é outra.

Um grupo de mogianos ligados à política estaria avaliando uma medida semelhante para tentar encontrar os 46 habitantes que poderiam assegurar mais duas vagas para a Câmara Municipal, hoje com 23 integrantes.

Esse número acrescido aos 449.955 habitantes apontados oficialmente pelo IBGE faria com que Mogi ganhasse mais dois vereadores, como determina o artigo 29 da Constituição Federal de 1988, que estabelece a relação entre o número de habitantes e o de vereadores  nas câmaras municipais de todo o País.

 

Alegações

Entre os argumentos que poderão ser usados para justificar a medida jurídica é a estimativa divulgada em 2021 pelo próprio IBGE, que previa a existência de 455.587 habitantes em Mogi, em 2022, ano do Censo.

Nesse caso, teria havido uma defasagem de 5.632 habitantes em relação ao número oficialmente divulgado (449.955).

O assunto está sendo estudado com acompanhamento jurídico.

Afinal, a essa altura do jogo político, duas vagas a mais na Câmara Municipal teriam um peso muito grande na futura campanha.

 

Homenageado

O ex-reitor da Universidade de Mogi das Cruzes, Isaac Roitman, professor emérito da Universidade de Brasília (UnB), estava entre os condecorados com a Ordem Nacional do Mérito Científico, pelo presidente Lula e pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, nesta quarta-feira (12), no Palácio do Planalto, em Brasília.

“Não há como pensar em crescer, em retomar indústria e produzir mais no campo, sem ciência. Não há como reduzir desigualdade sem ciência. A verdade é que o desenvolvimento sustentável e o desenvolvimento científico andam de mãos dadas”, disse o presidente Lula, na cerimônia.

Criada em 1993, a Ordem presta homenagem a “personalidades nacionais e estrangeiras que se distinguira por suas relevantes contribuições prestadas à Ciência, à Tecnologia e à Inovação no País”.

 

Em Mogi

Isaac Roitman veio para Mogi trazido por Roberto Leal Lobo, quando o ex-reitor da USP assumiu a reitoria da UMC. O cientista ocupou inicialmente os cargos de diretor de Pesquisa e pró-reitor Acadêmico, antes de assumir o comando da instituição de ensino superior, com a saída de Lobo.

Ele foi convidado para o cargo de reitor da UMC pelo então chanceler Manoel Bezerra de Melo.

Roitman atuou em Mogi entre os anos de 1997 e 2002

 

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