Suzano conclui a aquisição da KC e já lidera setor de papel higiênico e toalha
A Suzano assumiu, no último final de semana, a liderança do mercado brasileiro de papéis tissue (setor que inclui papel higiênico, lenços e papel toalha). Após uma longa negociação, acompanhada pela coluna, a empresa com sede na vizinha cidade de Suzano assumiu de vez a operação do segmento da americana Kimberly-Clark, numa aquisição de US$ […]
Reportagem de: O Diário
A Suzano assumiu, no último final de semana, a liderança do mercado brasileiro de papéis tissue (setor que inclui papel higiênico, lenços e papel toalha). Após uma longa negociação, acompanhada pela coluna, a empresa com sede na vizinha cidade de Suzano assumiu de vez a operação do segmento da americana Kimberly-Clark, numa aquisição de US$ 175 milhões (perto de R$ 880 milhões).
O negócio incluiu a fábrica da KC localizada no bairro do Cocuera, em Mogi das Cruzes, além das marcas Neve e Grand Hotel, além da licença de uso por tempo determinado das marcas Kleenex e Duramax.
Depois de entrar no segmento de papel tissue em 2027, a Suzano agora detém 24,3% de todo o mercado brasileiro deste setor. E sua meta, a partir de agora, é crescer conforme o Produto Interno Bruto (PIB) per capita e o saneamento básico forem avançando no País. Atualmente, segundo a empresa, o Brasil consome, por pessoa, 6 quilos do produto a cada ano. A título de comparação: no Chile, esse número é de 14,5 quilos e nos EUA chega a 26.
A empresa também quer se expandir no chamado mercado premium, um setor que vem crescendo, sem parar, durante os últimos 15 anos, mesmo em épocas de recessão. O mercado está registrando a migração do consumo de papéis de folha simples para papéis de folha dupla e, mais recentemente, até folha tripla. A previsão é de que tal tendência continue.
Até a compra da KC, a capacidade instalada de produção anual da Suzano era de 150 mil toneladas, divididas entre cinco fábricas de diferentes estados. Nenhuma delas em São Paulo. Com a fábrica de Mogi, tal capacidade será ampliada para 280 mil toneladas, um aumento de 87%.
Mas a Suzano não para por aí. Em seus planos está a construção de uma nova unidade em Aracruz (ES), com investimento de R$ 600 milhões, que irá incrementar a capacidade produtiva em mais 60 mil toneladas/ano. Por enquanto, a fábrica ainda depende de aprovação do conselho administrativo do grupo.
A fábrica de Mogi deverá significar, por enquanto, melhores condições de logística nas regiões Sul e Sudeste, garantindo agilidade e rapidez no atendimento aos clientes, além de redução no custo de frete.
A chegada do papel higiênico Neve ao portfólio da Suzano irá complementar os produtos já oferecidos. A Suzano atuava com as marcas de papel higiênico Mimmo, para o varejo, e Max no segmento voltado especialmente às empresas, denominado cash & carry, pouco conhecidos na região do Alto Tietê. O preço do Neve, mais elevado que os produtos atuais da empresa, deverá ser mantido para que a Suzano possa oferecer “soluções para todos os bolsos e desejos”, como ressalta um de seus diretores.