Custo operacional de R$ 6 milhões dificulta abertura da maternidade em Mogi
Chefe do Executivo argumenta que esse custo deve ser arcado pelo Estado e pela União, e não pelo município
Prédio da maternidade foi entregue em abril de 2022 | Divulgação/PMMC
Reportagem de: Fabio Pereira
O prefeito de Mogi das Cruzes e candidato à reeleição, Caio Cunha (Podemos), justificou o atraso na abertura da maternidade, construída no distrito de Braz Cubas. Embora a obra tenha sido concluída em 2022, o equipamento permanece inativo devido ao alto custo operacional, estimado em cerca de R$ 6 milhões mensais. O chefe do Executivo argumenta que esse custo deve ser arcado pelo Estado e pela União, e não pelo município.
A declaração foi feita durante “O Diário Entrevista”, programa conduzido pelo jornalista Saulo Tiossi, que promove uma série de entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Mogi das Cruzes, transmitidas ao vivo pelas redes sociais de O Diário. Aqueles que não puderam acompanhar ao vivo, já conseguem assistir ao programa completo disponibilizado no YouTube. A sabatina também poder ser acompanhada por áudio, em formato podcast, pelo canal do Spotify de O Diário, o DiárioCast.
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Cunha esclareceu que a responsabilidade do município na área da saúde se limita à gestão dos equipamentos de Atenção Básica, como Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades de Saúde da Família (USFs) e Pronto-Socorros. Segundo ele, áreas de especialidades médicas, como ortopedia, cardiologia, oncologia e obstetrícia, são de responsabilidade do Estado e da União.
Uma das soluções propostas por Cunha é transferir o convênio já existente na Santa Casa para a maternidade. Ele mencionou que instituições filantrópicas recebem repasses maiores do que outras entidades, o que poderia viabilizar a gestão da maternidade pela própria Santa Casa, transformando-a em um equipamento regional com capacidade para realizar 500 partos por mês.
“Uma das alternativas é migrar o convênio já existente na Santa Casa para a Maternidade. Agora, as instituições filantrópicas têm uma tabela maior de repasse do que as outras entidades. Iríamos migrar este convênio, talvez até administrado pela própria Santa Casa, (para) dentro da maternidade”, explicou Cunha.
“O espaço da Santa Casa, que não é da prefeitura, segundo o secretário de Estado, abriria mais especialidades e nós teríamos uma maternidade não municipal, mas sim regional, capaz de realizar 500 partos por mês”, completou.
O prefeito também destacou que, embora a expectativa fosse resolver a questão em junho, a mudança de governo e o processo de reorganização da saúde no Estado atrasaram a abertura do equipamento. Ele expressou confiança de que, com as articulações já avançadas, a maternidade possa ser inaugurada no próximo ano.
“Nossa expectativa é que isso já tivesse sido resolvido em junho, mas por conta da mudança de governo e do processo de reorganização da saúde no Estado, nós não temos esse controle. Tenho a convicção que nos próximos anos, talvez no ano que vem, por já estar avançada a articulação, a maternidade venha a abrir”, finalizou o prefeito.
Veja abaixo o trecho da entrevista sobre a maternidade