Encarnacion Lafuente, de família de comerciantes em Mogi, morre aos 86 anos
Ela estava internada havia uma semana após um quadro de doença reumática se agravar. A causa da morte foi encefalite

Encarnacion Lafuente | Álbum de Família
Reportagem de: Josué Suzuki
Um vida dedicada ao comércio. Uma história que teve como marco inicial a Guerra Civil Espanhola e um legado que atravessou gerações, no comércio de Mogi das Cruzes. Dessa forma que a cidade se despede de uma de suas filhas que adotou no final dos anos de 1950.
Foi hoje de manhã (2) que Encarnacion Lafuente Guimarães deixou filhas e netos, aos 86 anos de idade. Ela estava internada havia uma semana após um quadro de doença reumática se agravar. A causa da morte: encefalite.
Encarnacion chegou ao Brasil aos 15 anos. O pai, José Lafuente Lopes, veio da Espanha, de Granada. Foi durante a Guerra Civil Espanhola, conflito armado que envolveu facções políticas e militares no período da chamada Segunda República, que terminou com o general Franco no poder. José Lafuente imigrou para Brasil porque não queria que o filho Miguel servisse ao governo Franco.
Chegaram ao Brasil em 1951, direto para Mogi das Cruzes, por intermédio de uma prima que já estava na cidade, também vinda da Espanha. Abriu comércio, um bar. Foi dele que Encarnacion herdou o tino para os negócios e durante 30 anos dirigiu a cantina do colégio Sentaro Takaoka, Cocuera.
Ela se se casou com o engenheiro Benedicto Iague Guimarães em 1961. Tiveram duas filhas, Marina e Esperança. Uma formada em letras, outra em arquitetura, continuaram o legado da família no comércio mogiano. Abriram o restaurante Feijão e Companhia em 1986, na Coronel Souza Franco, onde continua até hoje.
O velório é ao lado do cemitério é no São Salvador e o enterro será amanhã, domingo, às 10h.