Golpe do falso advogado faz vítimas com prejuízos de até R$ 7 mil em Mogi
Prática envolve criminosos que se passam por advogados para aplicar fraudes financeiras

Golpe do advogado | Reprodução
Reportagem de: Nicoly
Nos últimos dias, mogianos foram vítimas de um novo golpe, o do “falso advogado”. A prática envolve a coleta de dados profissionais de advogados por meio das plataformas do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) e dos clientes atendidos por ele, como nome completo, número de processo e andamentos do caso. Após a apuração, os golpistas entram em contato com a vítima, se passando pelo advogado responsável pelo caso e pedem valores.
Uma das vítimas deste golpe, é o advogado criminalista José Beraldo. Segundo ele, o sistema do TJSP apresenta vulnerabilidades na segurança que facilitam a ação dos golpistas. Os criminosos coletam as informações públicas dos advogados, como nome, número da OAB e casos em andamento. Com esses dados, entram em contato com os clientes, alegando que eles têm valores a receber. Na tentativa de “liberar” o dinheiro, solicitam dados pessoais e bancários das vítimas, aplicando golpes financeiros.
Ainda de acordo com Beraldo, cerca de 100 clientes foram alvos deste golpe. Em alguns casos, as vítimas confiaram nos golpistas e fizeram transações financeiras, um deles teria realizado uma transferência bancária no valor de R$ 7 mil. Para evitar este golpe, o advogado orienta que qualquer pessoa abordada com esse tipo de proposta suspeita deve imediatamente registrar um boletim de ocorrência e não enviar nenhum dado pessoal.
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O que diz o TJSP
A equipe de O Diário entrou em contato com o TJSP, e em resposta o tribunal afirma que constantemente são emitidos alerta sobre golpes no site, em espaços como no banner, na página principal, além da publicação frequente de notícias e postagens nas redes sociais.
“Quadrilhas utilizam o nome, logotipo e/ou informações de empresas, escritórios de advocacia, bancos e instituições públicas para ludibriar o cidadão e praticar crimes diversos, seja por telefonemas, mensagens por aplicativo, cartas ou mesmo com a criação de falsos sites de leilões”, alegou.
Além disso, o site do TSJP conta com publicações orientando sobre que cuidados tomar para não cair em golpes e como proceder.