Homens se passam por agentes da EDP e tentam entrar em condomínio de luxo em Mogi das Cruzes
EDP orienta condomínios sobre protocolos de segurança e especialista dá dicas de prevenção contra crimes patrimoniais
29/07/2025 15h40, Atualizado há 13 dias

Suspeitos estavam em um veículo caracterizado com a logomarca da EDP | Divulgação
Dois homens tentaram invadir, na última segunda-feira (28/7), o Condomínio Landscape, situado no bairro Socorro, em Mogi das Cruzes. Os indivíduos teriam tentado acessar o edifício utilizando uniformes da EDP – concessionária de energia que atende o Alto Tietê – e alegaram a necessidade de realizar uma vistoria interna no quadro elétrico.
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De acordo com a administradora do condomínio, a equipe de segurança local seguiu os protocolos e entrou em contato com a EDP para verificar a veracidade da suposta solicitação de reparo. E a concessionária informou que não havia nenhuma ordem de serviço programada para o endereço.
Em nota, a EDP esclareceu que tanto os colaboradores próprios quanto os prestadores de serviço/terceiros que atuam em contato com os clientes podem ser identificados por meio do uniforme com a logomarca da companhia.
Os profissionais de campo, como os eletricistas, utilizam veículos também padronizados com a marca da empresa fornecedora/terceirizada e da concessionária, sendo a frase “A serviço da EDP” uma das características desses veículos.
A empresa reforçou que o consumidor deve permitir o acesso do funcionário apenas ao medidor de energia, e que seus colaboradores não realizam vistorias internas em residências.
Além disso, em hipótese alguma os clientes devem pagar por serviços prestados em domicílio, pois todos os serviços são cobrados exclusivamente por meio da fatura de energia, a ser paga em bancos ou correspondentes bancários credenciados.
A EDP orienta que, em caso de dúvida, o cliente solicite a identificação do funcionário e verifique se os dados da nota de serviço estão corretos.
Como se prevenir?
Cristiano Cavalcante, especialista em Segurança Patrimonial, explicou que, este, trata-se de um método sofisticado em que criminosos, em vez do uso da força, apostam em truques psicológicos para enganar tanto os profissionais de segurança quanto os próprios moradores.
“O objetivo é claro: obter acesso ao condomínio contando histórias convincentes, utilizando uniformes, crachás falsos e até veículos adesivados”, informa.
“Jamais permita a entrada de técnicos ou prestadores sem que haja uma solicitação ou autorização prévia de alguém responsável pelo condomínio, seja o síndico, a administradora ou o próprio morador solicitante. Eles nunca devem ser recebidos ‘de surpresa’ [prestadores de serviços]”, completa.
De acordo com Cristiano, em caso de dúvidas, o documento de identificação do prestador de serviço deve ser solicitado. Antes de autorizar o acesso, é necessário entrar em contato com a empresa para confirmar se aquele funcionário está realmente designado para o serviço.
Neste sentido, ainda segundo o especialista, portaria, moradores e funcionários do prédio devem se atentar às histórias mal-contadas e, principalmente, tentativas de acesso apressadas. “A pressa, aliás, pode ser mais uma ferramenta do criminoso”, finaliza Cristiano.