Mãe relata que sua filha sofreu assédio sexual em escola de Mogi
Caso teria ocorrido na Escola Estadual Professor Ilson Gomes, envolvendo outro aluno; responsável pela jovem registrou boletim de ocorrência
Mãe também criticou o atual estado estrutural dos banheiros da unidade escolar | Reprodução Redes Sociais
Reportagem de: Fabio Pereira
A mãe de uma aluna da Escola Estadual Professor Ilson Gomes, situada em Mogi das Cruzes, registrou um boletim de ocorrência contra outro estudante por, supostamente, ter assediado sexualmente a jovem. Segundo ela, o caso teria ocorrido em 7 de março e, desde então, foi registrado um boletim de ocorrência para investigar a situação.
Ainda de acordo com a mãe, que não quis se identificar, o suspeito teria executado o mesmo tipo de ação outras vezes.
A equipe de reportagem de O Diário entrou em contato com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) que, em nota, deu sua versão dos acontecimentos.
“A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) é veementemente contra qualquer tipo de abuso ou violência. Na época do ocorrido, assim que soube da denúncia, a unidade escolar convocou os responsáveis dos estudantes para uma reunião de mediação”, destaca a nota.
Ainda segundo a pasta estadual, na ocasião, ficou definida a troca de sala de aula do aluno, além de ações de acolhimento e boa convivência por meio do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva-SP). Um profissional do programa Psicólogos nas Escolas está disponível para acompanhar os estudantes, bem como a equipe do Conviva-SP atua ativamente no caso para oferecer suporte à comunidade escolar.
A redação de O Diário também buscou um posicionamento da Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública de São Paulo (SSP) para verificar a veracidade do boletim de ocorrência registrado pela mãe da vítima. Segundo a pasta, detalhes serão preservados em razão da natureza da ocorrência e por envolver menor de idade.
“O caso foi registrado como ato infracional importunação sexual pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Mogi das Cruzes e remetido à Vara da Infância e Juventude da cidade, por se tratar de ato infracional”, relata a SSP.
Precariedade
Ainda de acordo com a mãe, a escola está em péssimas condições estruturais. Ela afirma que os banheiros femininos não tem porta, água e papel. Apesar disso, a Seduc-SP afirma que a manutenção do prédio está em dia, com todos os ambientes contando com portas e acessórios. Veja abaixo a resposta da Seduc-SP sobre as acusações.
“Apenas em 2024, a unidade escolar recebeu mais de R$ 24 mil via Programa Dinheiro Direto nas Escolas (PDDE Paulista) para a realização de reparos necessários e pequenas melhorias nos prédios escolares”.
A mãe ainda fez denúncias sobre outras possíveis situações no ambiente escolar como, por exemplo, bullying, que consiste em atos de violência física ou psicológica sem motivação evidente.
“Em relação às outras denúncias, sempre que um caso de violência é identificado nas unidades de ensino da rede estadual, a equipe gestora aciona os responsáveis e a rede protetiva, que inclui Ronda Escolar e Conselho Tutelar, quando necessário, além do Conviva-SP”, finaliza a Seduc-SP.