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Mais de 240 animais silvestres já foram resgatados em Mogi das Cruzes em 2025

Segundo a Prefeitura, os mamíferos são os mais comuns, representando 72% dos casos - sendo que 43% eram morcegos

Por Ana Lívia Terribille
29/08/2025 10h54, Atualizado há 1 mês

Resgate é feito pelo CCZ | Foto: Divulgação

O avanço da cidade sobre áreas verdes tem aumentado o número de encontros entre moradores e animais silvestres em Mogi das Cruzes. Somente neste ano, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) já registrou 242 resgates de espécies encontradas em quintais, ruas e até dentro de residências.

Segundo relatório da Prefeitura, os mamíferos são os mais comuns, representando 72% dos casos, sendo que quase metade eram morcegos (43%). Os répteis aparecem em seguida, com 18%, e as aves somam 10% das ocorrências.

Entre os animais resgatados estão espécies como capivara, veado-catingueiro, sagui, gato-do-mato, ratão-do-banhado, arara-canindé e ouriço-cacheiro. Em 2024, até um lobo-guará foi avistado na cidade. Na ocasião, o médico-veterinário Jefferson Renan Leite explicou que, por ser um animal de vida livre, não foi capturado, já que a recomendação é não interferir.

Por que esses animais chegam às áreas urbanas?

A perda de habitat natural causada pela expansão urbana e pelas queimadas é uma das principais razões para a aproximação dos animais. Espécies de maior porte, ao fugir do fogo, buscam abrigo em outros territórios, mas acabam entrando em áreas já ocupadas ou se aproximando das cidades.

De acordo com a administração municipal, nessas situações, eles ficam mais expostos a atropelamentos, ataques de cães e contato direto com seres humanos – cenário que aumenta o risco de acidentes e de transmissão de zoonoses.

Destino dos animais

Apesar dos resgates, nem todos os animais resistem. Casos como o do veado-catingueiro e do gato-do-mato terminaram em óbito. Os que sobrevivem são encaminhados, quando necessário, a Centros de Recuperação de Animais Silvestres, em parceria com a Polícia Ambiental, dependendo da disponibilidade de vagas.

Quando não estão feridos ou doentes, os animais são apenas removidos e soltos em áreas adequadas, para reduzir o risco de novos acidentes. Todos os registros, inclusive de animais encontrados mortos, são lançados no sistema SISS-Geo, que integra informações de fauna silvestre em todo o Brasil e funciona em cooperação com o Ministério da Saúde.

Efeitos das queimadas

Só na última semana, Mogi das Cruzes registrou dois focos de incêndio: um em uma área de mata fechada do Parque Centenário e outro em uma região também de mata densa, na Serra do Itapeti.

Como mencionado acima, além da redução do habitat, as queimadas causam impactos diretos: os animais sofrem com queimaduras, desidratação e intoxicação pela fumaça, muitas vezes levando à morte. Indiretamente, o fogo destrói áreas inteiras de alimentação e abrigo, forçando-os a migrar para regiões urbanas em busca de sobrevivência.

Orientação à população

O CCZ reforça que a população deve acionar os órgãos responsáveis sempre que encontrar animais silvestres. Os contatos são: 153, (11) 4798-6799 ou (11) 4798-6785.

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