Prefeitura não descarta possibilidade de nova epidemia de dengue em Mogi das Cruzes
Apesar de registrar uma queda no índice de infestação no comparativo com janeiro de 2024, cidade ainda se encontra sob o risco de um novo surto da doença
Prefeitura apresentou os dados da dengue em 2025 durante o lançamento do Zap Dengue | Fabrício Mello/O Diário
Reportagem de: Fabricio Mello
Durante o anúncio do Zap Dengue e lançamento da Campanha de Combate à Dengue 2025, a Prefeitura de Mogi das Cruzes apresentou os dados referentes aos casos registrados em 2025. Apesar de uma queda de quase 60% nos percentuais de infestação do mosquito Aedes Aegypt, a prefeitura informou – durante a coletiva de imprensa dada no evento – que não descarta a possibilidade de uma nova epidemia de dengue no município.
Segundo os números do relatório divulgado à imprensa, o Índice de Breteau (IB) caiu de 8,23 em janeiro de 2024 para 4,89 no mesmo período deste ano. O índice é um indicativo usado para determinar a quantidade de larvas do mosquito da dengue em residências e avaliar o nível de infestação.
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Entretanto, a recomendação do Ministério da Saúde é de que o IB seja igual ou inferior a 1,0 – valor considerado ideal. É considerado “em alerta” se o índice está entre 1,0 e 4,0 e “em risco de surto” os valores acima de 4,0.
“Isso [a queda do índice IB] não quer dizer que é uma coisa ótima ou boa que nós chegamos ‘na metade’,” explicou o secretário-adjunto de Saúde, o dr. Luiz Bot, em resposta ao O Diário durante a coletiva de imprensa. “Com esse índice superior a 4, isso pode virar uma epidemia”.
Ainda na coletiva, a prefeitura de Mogi das Cruzes explicou que, no próximo dia 19, realizará o Dia D de Combate à Dengue, promovendo ações de conscientização e prevenção à doença.
Também foi informado que a secretaria de Saúde reforçou a visita dos agentes de controle de vetores às regiões de maior vulnerabilidade. Até o último levantamento, 4.870 imóveis foram visitados e, destes, 3.773 foram efetivamente vistoriados
Em 2024, vale lembrar, Mogi das Cruzes enfrentou um surto endêmico de dengue e chegou a registrar mais de 19 mil casos da doença, além de 23 óbitos, sendo a cidade mais afetada pela doença na região do Alto Tietê.
