Procissão de Pentecostes marca o fim dos 412 anos da Festa do Divino; veja fotos
A Procissão de Pentecostes começou às 16h30 e terminou com missa, mas ainda tem quermesse nesse restinho de domingo
Dia de Pentecostes
Celebração de Pentecoste | Divulgação
Reportagem de: O Diário
A 412ª Festa do Divino Espírito Santo de Mogi das Cruzes chega ao fim neste domingo (8), o Dia de Pentecostes. A tradicional Procissão de Pentecostes marcou o encerramento religioso da festa, mas ainda tem o restinho de domingo na quermesse montada no Centro Municipal Integrado (C.M.I.) “Deputado Maurício Najar”, na Avenida Cívica, s/nº, Mogilar.
A Procissão de Pentecostes saiu às 16h30 da Catedral de Sant´Ana, reunindo milhares de fiéis pelas ruas centrais da cidade. Durante o cortejo, foram representados e invocados os Setes Dons do Divino Espirito Santo, com a participação de grupos folclóricos e os tapetes ornamentais, um espetáculo à parte.
Em seguida, foi celebrada a missa de Pentecostes, na Catedral de Sant’Ana, presidida pelo bispo diocesano de Mogi, Dom Pedro Luiz Stringhini. E houve a Incineração dos pedidos e o fechamento do Império.
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Já a quermesse começou às 14h com comidas típicas, barracas e atrações para a família. O encerramento musical é com a Banda Core. O show do grupo mogiano estava agendado para quinta-feira (5), mas a chuva impossibilitou o show completo e os integrantes da banda optaram por fazer um pocket show. A Banda Core é formada por Roge Siqueira (vocal), Fernando Miyata (guitarra), Anselmo Dias (bateria) e Douglas Silvestre (baixo). No repertório, canções que marcaram época no mundo do rock and roll e pop/rock.
Mas o domingo do último fim de semana da Festa do Divino começou logo às 5h, com a Alvorada, seguida pela parada na Igreja do Carmo, onde ocorreu a emocionante cerimônia do fogo, representando a descida simbólica do Espírito Santo.
Forte programação religiosa
O último fim de semana da tradicional festa teve uma vasta programação de fé e devoção. Ainda na sexta à noite, o padre Wally Soares, pároco da Paróquia Cristo Redentor, de Itaquaquecetuba, celebrou o oitavo dia da novena, na Catedral de Sant’Ana, no centro da cidade.
No sábado (7), a cidade vive um de seus momentos mais emblemáticos: a Entrada dos Palmitos, às 9h, cortejo que simboliza a fartura e a devoção do povo mogiano. A tradicional celebração, que remonta ao período colonial, atraiu mais de 50 mil pessoas às ruas.
Após o desfile, os participantes puderam saborear o tradicional Afogado do Povo, prato típico servido gratuitamente, no local da Quermesse.
Na quermesse, às 15h, houve a Missa Campal, com a celebração do padre Robson de Oliveira, vigário na Paróquia Nossa Senhora Aparecida e São Roque, de Brás Cubas. E na Catedral de Sant´Ana, às 19h, o Monsenhor Dorival Aparecido de Moraes, pároco e cura da Catedral de Sant’Ana, celebrou o nono e último dia novena.
Tombamento da festa
A Festa do Divino de Mogi das Cruzes completou 412 anos com um fato marcante: desde o início, a tradicional festa está sendo acompanhada por pesquisadores do Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP), instituição contratada pelo Iphan por meio de um convênio firmado com recursos de uma emenda parlamentar.
O final desse estudo pode levar ao reconhecimento do evento como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. O trabalho resulta na elaboração do Dossiê de Registro, documento que servirá de base para a avaliação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Em Mogi das Cruzes, o gestor do projeto e diretor do documentário sobre a festa é Fábio Martins Bueno, acompanhado do antropólogo Hugo Soares, que coordena a pesquisa técnica e assina a redação do dossiê.