Secretário de Saúde diz que gestão passada construiu maternidade ‘sem planejamento de custeio e demanda’
Em reunião com vereadores, Harada afirmou que não existe demanda para Mogi das Cruzes manter duas maternidades
Prédio da maternidade foi entregue em abril de 2022 | Divulgação/PMMC
Reportagem de: Fabricio Mello
Durante uma reunião com vereadores, realizada nesta terça-feira (2), o secretário de Saúde de Mogi das Cruzes, William Harada, afirmou que há estudos para levar a atual maternidade – hoje administrada pela Santa Casa de Mogi das Cruzes, no Centro – para o edifício recém-construído, em Braz Cubas. Em sua fala, entretanto, o secretário criticou o investimento no imóvel.
“Não existe demanda para Mogi manter uma maternidade na Santa Casa e outra em Braz Cubas”, pontuou Harada.
“Construíram o prédio na maternidade em ano eleitoral, sem planejamento de custeio e demanda. Com isso, o Município atende a 47% da atenção primária, mas tem seis equipamentos de urgência e emergência. O prédio da maternidade tinha mais de 58% de valores pagos, por isso, a atual gestão optou em concluir. Hoje, temos dificuldades para custear o micro, as coisas pequenas”.
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A fala foi dada após o questionamento da vereadora Inês Paz (PSOL), membro da Comissão Permanente de Saúde, Zoonoses e Bem-Estar Animal da Câmara Municipal, sobre o que será feito no prédio da Maternidade Municipal, que “está pronto, mas ainda vazio”.
A Maternidade Municipal teve as obras iniciadas em novembro de 2019, sob a gestão do então prefeito Marcus Melo (na época, filiado ao PSDB). Na ocasião, a justificativa dada para o investimento era a superlotação da maternidade da Santa Casa que, em dado fim de semana, registrou 45 gestantes internadas, enquanto, na época, possuía apenas 38 leitos.