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Fiscalização derruba construções ilegais em área de preservação de Suzano

Entre as irregularidades identificadas está o parcelamento do solo em lotes de aproximadamente mil metros quadrados – abaixo do mínimo legal de 20 mil metros quadrados para a região

18 de maio de 2025

Fiscalização ambiental | Divulgação/Secop Suzano

Reportagem de: O Diário

Uma ação do Grupo de Fiscalização Integrada do Alto Tietê Cabeceiras (GFI-ATC) interrompeu, na última sexta-feira (16/5), construções irregulares em uma área de preservação na estrada dos Fernandes, em Suzano, no limite com Ferraz de Vasconcelos. O local, às margens do rio Guaió, é alvo de denúncias e infrações ambientais desde 2015.

A operação contou com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente de Suzano, da Polícia Militar Ambiental e de representantes do governo estadual. Entre as irregularidades identificadas estão o parcelamento do solo em lotes de aproximadamente mil metros quadrados – abaixo do mínimo legal de 20 mil metros quadrados para a região – e a comercialização sem registro em cartório. Dez terrenos estavam sendo vendidos ilegalmente.

A diretora de Meio Ambiente, Solange Wuo, afirmou que a intervenção foi necessária para conter danos à Área de Proteção de Mananciais (APM) e à Área de Preservação Permanente (APP). “Buscamos garantir o cumprimento da legislação ambiental. Essa ocupação colocava os recursos naturais em risco”, disse.

A região já é monitorada há quase uma década por conta do avanço de loteamentos clandestinos e do descarte irregular de resíduos. No fim de abril, outra vistoria flagrou caminhões despejando entulho no local, vindos principalmente de cidades do ABC paulista, como Mauá e Diadema, e da zona leste da capital. Na mesma ocasião, um comércio ilegal foi fechado após a identificação de máquinas caça-níqueis e outras irregularidades. Os responsáveis foram levados à delegacia.

Durante a vistoria, a equipe de Fiscalização de Posturas também identificou um comércio irregular em funcionamento no local. O estabelecimento não possuía alvará e, no interior, foram encontradas máquinas caça-níqueis e outras infrações administrativas. As pessoas envolvidas foram conduzidas à delegacia para prestar esclarecimentos.

As ações fazem parte de uma recomendação do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), do Ministério Público, de São Paulo, que cobra respostas urgentes para frear o avanço da degradação ambiental na área.

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