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Mães atípicas entregam documento em mãos para governador contra mudanças no ensino especial

"Manifesto em Defesa da Educação Inclusiva de Qualidade" foi entregue ao governador Tarcísio de Freitas durante sua visita a Mogi das Cruzes

26 de fevereiro de 2025

Manifestações aconteceram em Mogi das Cruzes e Suzano | Fabrício Mello/O Diário de Mogi

Reportagem de: Fabricio Mello

O Instituto Resiliência Azul, de Mogi das Cruzes, e o Movimento Mãe Onça, de Suzano, aproveitaram a visita do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) a Mogi das Cruzes para entregar um documento com demandas sobre a Educação Especial no Estado.

O chamado “Manifesto em Defesa da Educação Inclusiva de Qualidade” foi entregue nesta terça-feira (25), durante visita do governador a Mogi para inauguração da Praça da Cidadania, em Jundiapeba. O documento, que é assinado pelas duas entidades e pela comunidade atípica, apresenta a “profunda preocupação e veemente discordância em relação às recentes mudanças propostas para a educação inclusiva no estado de São Paulo”.

Clique e confira o documento na íntegra

Entre os principais pontos de atenção, as entidades destacam a terceirização do serviço prestado pelos professores de Educação Especial e profissionais de apoio, a alteração nos critérios de atendimento aos alunos com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e a falta de comunicação com as famílias atípicas e a comunidade escolar.

Além disso, as entidades – ainda no documento – apresentaram suas demandas sobre a Educação Especial em São Paulo. No manifesto, elas pedem que as mudanças propostas pelo governo sejam reconsideradas, que mais investimentos sejam feitos na formação de profissionais, que haja uma ampliação no diálogo com as famílias dos alunos e a garantia de recursos financeiros adequados para a manutenção dos serviços.

Cópia assinada pelo assessor do governador, garantindo a entrega do manifesto | Reprodução/Arquivo Pessoal/Movimento Mãe Onça

Ao O Diário, Grazi Mansano, coordenadora do Movimento Mãe Onça, disse que se reuniu com a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) na semana passada, mas “nada mudou”.

“Aqui em Suzano tem mães e alunos parando no hospital, alunos autistas e com deficiência se recusando a irem à escola. O professor auxiliar fica com os alunos de salas diferentes e eles ficam sozinhos nesse tempo. Tem uma mãe que as terapeutas já sinalizaram para ela que a filha teve regressão”, conta Grazi.

Outro lado

Em reportagens recentes do O Diário, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo afirmou à redação que a mudança é recente e pede tempo de adaptação aos pais e profissionais para avaliar os impactos, sejam eles positivos ou negativos. Afirma ainda que nenhum aluno especial ficará sem o acompanhamento quando for necessário nas unidades escolares.

Entretanto, O Diário entrou em contato com a Seduc-SP novamente e solicitou uma nova nota de posicionamento em relação ao manifesto. Na nova resposta, a Seduc-SP informou que “não recebeu o manifesto citado”, mas ressaltou que “o Centro de Apoio Pedagógico Especializado (Cape) está disponível para conversar com as ONGs”.

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