Empresário e delator do PCC é assassinado no Aeroporto de Guarulhos
Tiros de fuzil foram disparados de dentro de um Volkswagen Gol, de cor preta; dentro do veículo, foram encontradas munições da arma utilizada no crime e um colete
Crime ocorreu no Aeroporto de Guarulhos | Reprodução/Redes Sociais
Reportagem de: O Diário
O empresário Vinicius Lopes Gritzbach, de 38 anos, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) ao Ministério Público (MP), foi morto no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na tarde desta sexta-feira (8/11). Ele, que chegou acompanhado da namorada, por volta das 16h, em um voo vindo de Goiás, foi morto ao desembarcar no Terminal 2.
A Polícia Civil investiga o caso como uma possível execução, com indícios de que se trate de uma queima de arquivo. Os tiros de fuzil foram disparados de dentro de um Volkswagen Gol, de cor preta. Dentro do carro, foram encontradas munições da arma utilizada no crime e um colete. Além disso, houve um outro tiroteio nas imediações do Aeroporto, perto do Hotel Pullman.
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A namorada de Vinicius foi embora antes da chegada das autoridades e saiu correndo da cena do crime. Os agentes que estão à frente das investigações já a identificaram e estão em busca. O carro utilizado pelos criminosos já foi encontrado pela Polícia Civil, mas eles seguem foragidos.
Vinicius assinou, em março deste ano, um acordo de colaboração junto ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) para entregar crimes cometidos pela facção criminosa. Gritzbach teria se desentendido com o PCC e, posteriormente, mandado matar os integrantes Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, mortos ainda em 2021.
Acusado pelo PCC de ter desviado R$ 100 milhões em bitcoins das finanças da facção, Gritzbach decidiu se tornar delator. Ele assinou um acordo de delação premiada, no qual apresentou sua versão sobre os negócios do crime organizado.
Ele teria passado, inclusive, 9 horas no “tribunal do crime” – julgamentos feitos pelo PCC para punir membros que violam as regras internas – sendo liberado pela facção após prometer devolver o dinheiro. Vale lembrar que Gritzbach prestou uma série de depoimentos ao MP, recentemente, e era réu por lavagem de dinheiro de mais de R$ 30 milhões provenientes do tráfico de drogas.
O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e a Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (DEATUR) seguem prestando atendimento necessário à ocorrência. Os criminosos efetuaram, ao todos, 29 disparos que, além da morte de Gritzbach, também feriram outras três pessoas, mas até o momento não se sabe o estado de saúde de cada um dos baleados.