Em entrevista à TV Diário, petista Rodrigo Valverde diz que hoje representa um grupo de nove partidos
Rodrigo Valverde, candidato à Prefeitura de Mogi das Cruzes pelo PT, foi o segundo entrevistado na série promovida pela TV Diário
Rodrigo Valverde em entrevista à TV Diário | Reprodução
Reportagem de: Fabricio Mello
Dando sequência à série com os prefeituráveis de Mogi das Cruzes, Rodrigo Valverde (PT) foi o segundo entrevistado pela TV Diário. A entrevista foi ao ar no início da tarde de hoje (24), no Diário TV 1º Edição, apresentado pela jornalista Mirielly de Castro.
Entre os assuntos abordados, Valverde falou sobre a rejeição ao PT. Um dos primeiros questionamentos feitos à Valverde foi justamente sobre a identidade visual de sua campanha. Foi perguntado ao candidato se a pouca representação gráfica do PT poderia, eventualmente, desembocar em problemas com o relacionamento do candidato com o governo federal – que é comandado pelo presidente Lula (PT).
“Desde os meus 14 eu milito no Partido dos Trabalhadores (PT) e, agora, eu represento um grupo de nove partidos. Se a gente fosse colocar só o PT, iríamos menosprezar as outras forças políticas que estão me apoiando, por isso essa identidade visual. O próprio Lula venceu a última eleição com uma ampla frente democrática e é claro que o presidente entende esse pragmatismo.”
A entrevista de Rodrigo Valverde foi marcada ainda pela apresentação e discussão de propostas presentes em seu plano de governo. Para garantir o funcionamento, e custeio, delas, Valverde explicou que a cidade terá mais arrecadação durante uma eventual gestão sua. Entretanto, essa arrecadação será fruto dos investimentos feitos na própria cidade e, portanto, não será necessário aumentar os impostos.
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É importante destacar que a TV Diário promoverá, ao longo da semana, entrevistas com todos os postulantes à administração municipal. Amanhã (25), será a vez de Mara Bertaiolli (PL), que, assim como Caio Cunha (Pode) e Valverde, terá 20 minutos para apresentar propostas e responder aos questionamentos sobre o município.
Sheila Mantovanni (PMN) e José Roberto Rodrigues (PRTB), por sua vez, terão uma participação de 5 minutos com entrevistas feitas de forma gravada, devido aos respectivos partidos não possuírem representantes no Congresso Nacional.
Mogi Ambiental
Valverde também foi questionado se existe a privatização do Serviço Municipal de Águas e Esgoto (Semae) é uma possibilidade em uma eventual gestão para solucionar os problemas ligados ao Meio Ambiente. Valverde, entretanto, descartou a ideia e ressaltou que há planos para a autarquia.
“O Semae resistiu a várias investidas para privatizar ele e é a entidade da prefeitura mais lucrativa, onde tem mais poder de investimento. Nós vamos mudar o nome para Mogi Ambiental, onde nós vamos cuidar do nosso meio ambiente e dos nossos resíduos sólidos. A Mogi Ambiental pode ser a solução da sustentabilidade de todo o Alto Tietê.”
Novas secretarias
Outro ponto levantado durante a entrevista foi sobre um possível aumento nos gastos da prefeitura com a criança de duas novas secretarias – medida prevista no plano de governo de Valverde. O candidato defendeu que a descentralização de funções não implica na geração de novos postos de trabalho.
“Quando a gente descentraliza uma secretaria, não necessariamente aumenta os cargos, você apenas diminui uma Secretaria de Desenvolvimento Econômico, por exemplo, e aloca em uma Secretaria do Trabalho. Isso não quer dizer que nós vamos aumentar a nossa folha de pagamento.”
O candidato concluiu destacando a necessidade da atuação da Secretaria do Trabalho, que seria criada em uma eventual gestão.
Propostas para Segurança
Um dos pontos de destaque da entrevista foi a questão da Segurança em Mogi das Cruzes, em especial no Centro. Valverde explicou que, como uma maneira de resolver o problema “no futuro”, investirá em Educação e programas voltados para a qualificação da juventude da cidade.
De maneira mais imediata, “no presente”, o candidato prometeu a instalação de mil câmeras de segurança na cidade, a criação de quatro centrais de operação integrada e aumentar o efetivo da Guarda Civil Municipal para 400 guardas e 100 viaturas.
Em relação aos custos desses investimentos, Valverde explicou que os gastos do orçamento com Segurança atualmente são de 1,8% e que, em sua gestão, esse valor passará a ser de 2%.