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Ministério da Saúde alerta para alta de casos de febre amarela em São Paulo

Estado concentra a maior parte dos casos da doença

3 de fevereiro de 2025

Vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra a febre amarela | Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Reportagem de: Agência Brasil

O Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre o aumento da transmissão da febre amarela em quatro estados do Brasil, sendo eles São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins. A nota técnica, encaminhada às secretarias de saúde, destaca que o período sazonal da doença vai de dezembro a maio e recomenda a intensificação das ações de vigilância e de imunização nas áreas consideradas de risco.

O estado de São Paulo, de acordo com o ministério, concentra a maior parte dos casos de febre amarela registrados ao longo das primeiras semanas de 2025. Dessa forma, o Ministério da Saúde irá enviar doses do imunizante para o governo estadual. O estado irá receber dois milhões de doses até o início de fevereiro, sendo 800 mil doses extras.  Destas, um milhão foi entregue em janeiro.

O montante foi definido em reunião do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE Dengue) na última quarta-feira (29/1), com a participação da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo.

O ministério informou que tem auxiliado a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo na investigação de casos suspeitos e confirmados de febre amarela, sobretudo no município de Ribeirão Preto. A previsão é que, nesta semana, técnicos da pasta participem de uma reunião, em Campinas, com profissionais de saúde do município e de cidades próximas.

Orientações para viajantes

Pessoas que planejam viajar para áreas onde há transmissão da febre amarela ou para regiões rurais e de mata devem verificar sua carteira de vacinação. Quem ainda não tomou a vacina ou recebeu a dose fracionada em 2018 deve procurar uma unidade de saúde pelo menos 10 dias antes da viagem para se imunizar e evitar a exposição ao vírus sem proteção.

As mesmas recomendações, de acordo com o governo, se aplicam para os seguintes grupos:

  • Populações residentes em localidades com evidência de circulação viral ou em zona rural;
  • Populações ribeirinhas e no entorno de parques e unidades de conservação;
  • Trabalhadores rurais, agropecuários, extrativistas e do meio ambiente, entre outros;
  • Indivíduos com exposição esporádica em áreas de risco (rurais, silvestres).

Vacinação

A vacina contra a febre amarela figura como a principal ferramenta de prevenção contra a doença. O imunizante faz parte do calendário básico de vacinação para crianças de nove meses a menores de cinco anos, com uma dose de reforço aos quatro anos de idade. Também está prevista uma dose única para pessoas de cinco a 59 anos que ainda não foram imunizadas.

Orientações básicas

Confira, a seguir, as principais orientações sobre a vacinação contra a febre amarela:

  • Dose de reforço para viajantes: indivíduos que receberam a dose fracionada da vacina contra a febre amarela em 2018 e que vão viajar para áreas com circulação comprovada do vírus devem receber uma dose adicional na apresentação padrão;
  • Dose zero: aplicada entre seis e oito meses de vida, a dose deve ser administrada apenas em crianças que residem ou viajarão para áreas com circulação confirmada do vírus;
  • Vacinação de idosos: pessoas com 60 anos ou mais devem passar por uma avaliação médica individualizada antes da vacinação, considerando o risco de exposição ao vírus e suas condições de saúde.

Cuidados

Além da imunização, o Ministério da Saúde considera fundamental que a população adote medidas de proteção individual para se proteger da febre amarela, incluindo o uso de calças e camisas de manga longa, o uso de sapatos fechados e a aplicação de repelentes em áreas expostas do corpo. Essas preocupações devem ser mantidas ao longo de todo o dia.

Em caso de sintomas como febre, dor de cabeça, dores no corpo, náuseas ou vômitos, a orientação é que o paciente busque atendimento médico e informe ao profissional de saúde sobre uma possível exposição a áreas de risco para febre amarela.

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