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Casarão do Chá recebe visitantes em exposição de fotos

Fechado por oito meses, o Casarão do Chá, uma das mais reconhecidas construções de Mogi das Cruzes, voltou recentemente à ativa, com uma exposição fotográfica cujo tema é ‘Natureza Viva’. São mais de 100 imagens, que somadas à bela arquitetura do local fazem valer a visita, que é gratuita – sempre de máscara, com álcool […]

8 de dezembro de 2020

Reportagem de: O Diário

Fechado por oito meses, o Casarão do Chá, uma das mais reconhecidas construções de Mogi das Cruzes, voltou recentemente à ativa, com uma exposição fotográfica cujo tema é ‘Natureza Viva’. São mais de 100 imagens, que somadas à bela arquitetura do local fazem valer a visita, que é gratuita – sempre de máscara, com álcool gel a postos e pelo menos dois metros de distanciamento, é claro.

Desde o último dia 29 de novembro – e a princípio, sem data limite – é possível conferir, aos domingos, das 9 às 17 horas, a mostra que apresenta cliques feitos por profissionais da região, integrantes do Grupo Jacutinga de Observadores da Natureza. Nos registros há animais, como répteis, anfíbios, mamíferos, aves e insetos, e também paisagens variadas.

Vale explicar o que é o Jacutinga: uma reunião de biólogos, veterinários, fotógrafos e outros amantes da natureza. Foi idealizado, a princípio, pelo já falecido Antonio Wuo, artista, professor, autor de livros de registros fotográficos da natureza.

Entre os objetivos do coletivo estão, além da produção de imagens, a “luta pela preservação das espécies e dos seus habitats,” o “desenvolvimento de projetos pedagógicos, criando uma consciência ambiental de modo lúdico e eficaz para as futuras gerações” e o “mapeamento da fauna e flora nas  propriedades rurais da região, aconselhando na implementação de espécies que contribuirão para a manutenção e aumento da fauna”.

Presidente da Associação do Casarão do Chá, Higussa Nakatani diz que, nos dois dias em que esteve aberta, a agenda recebeu número satisfatório de pessoas, considerando a pandemia. “Como o casarão ficou bastante tempo fechado, muita gente ainda não sabe que reabrimos. Temos recebido muitos telefonemas pedindo informações, e aos poucos as pessoas estão retornando”.

Além da exposição e da paisagem do próprio endereço, considerado um dos mais belos pontos rurais da cidade, o visitante pode encontrar uma “praça de alimentação” para consumir produtos caseiros. Uma das possibilidades é “tomar um café da manhã com pão assado no forno à lenha”, como diz Higussa, que lembra também da venda de plantas, flores e brinquedos tradicionais. Novidade é que agora há no local internet que permite a venda via máquinas de cartão de crédito.

Entretanto, uma série de outras atividades ainda não retornaram. Exemplos são os festivais, como o de cerâmica e o “Casarão Mix”, que reunia diversos eventos “voltados à arte e cultura”. “Fizemos uma primeira edição assim no ano passado, e a próxima estava prevista para o fim de 2020, inclusive com a presença de produtores artesanais de bebida, moda e parte lúdica”, lamenta Higussa, que adia a programação para manter o controle de distanciamento social.

Mas e agendas online, como lives, workshops e rodas de conversa? Não estão nos planos do Casarão? Higussa diz que estão sim, mas sem datas definidas. Ela admite que há intenção de promover debates entre os “ceramistas que participam do festival de Cerâmica” e ainda outros tipos de encontro virtual, “sem aglomerações”. 

Ainda que com eventos presenciais reduzidos, voltar significa um novo fôlego para a casa, que enfrentou meses complicados, sem a renda gerada a partir da comercialização de insumos e produtos. “Estamos numa área rural, e se não fazemos manutenção, o mato fica alto, entre outras coisas. É bastante trabalho, então é gostoso reabrir o espaço”.

Para a manutenção, aliás, o Casarão do Chá conta com um subsídio da Prefeitura de Mogi, via Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. Além disso, a área é tombada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Mas Higussa admite que fazem falta os já citados festivais, que “ajudavam bastante”. 

O Casarão
Em meio a uma das mais belas paisagens rurais de Mogi das Cruzes, o Casarão do Chá é um prédio histórico restaurado por iniciativa do artista Akinori Nakatani e da Associação do Casarão do Chá. 

Construído pelo mestre-carpinteiro japonês Kazuo Hanaoka, no ano de 1942, para ser uma fábrica de chá, após 30 anos de obras de restauração o local se transformou em um centro cultural que abre todos os domingos e promove exposições e encontros artísticos nacionais e internacionais.

O endereço é Estrada do Chá, no bairro Cocuera, em Mogi das Cruzes. Outras informações estão disponíveis pelo telefone 4792-2164.

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