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Será aberto neste sábado o 7º Salão de Artes de Mogi das Cruzes

Logo mais às 19 horas deste sábado será aberto no Centro Cultural o 7º Salão de Artes de Mogi das Cruzes, cujo patrono é o artista plástico Sussumu Aramakil. Ao todo, são 28 obras, sendo 14 na categoria acadêmica e 14 na contemporânea. Entre as peças, há telas e esculturas, trabalhos em técnicas diversas, como […]

5 de dezembro de 2020

Reportagem de: O Diário

Logo mais às 19 horas deste sábado será aberto no Centro Cultural o 7º Salão de Artes de Mogi das Cruzes, cujo patrono é o artista plástico Sussumu Aramakil. Ao todo, são 28 obras, sendo 14 na categoria acadêmica e 14 na contemporânea. Entre as peças, há telas e esculturas, trabalhos em técnicas diversas, como cerâmica, aquarela, xilogravura e pintura.

Foram recebidas neste ano 134 inscrições, com 311 obras de arte. Dos artistas selecionados, nove são de Mogi das Cruzes. Há nomes tradicionais, como Adelaide Lawitschka Swettler, Iza Leão e Olga Nóbrega, mas a maioria representa uma nova geração da arte: Ana Rafful, Lídia Costa, Davi Forte, Giuliana Moro, Daniel Mello e Rodrigo Monteiro. Além deles, há representantes de outras cidades e estados, como Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.

Não apenas em Mogi tiveram maior representatividade os pintores e artesãos mais novos. Isso se repetiu em todos os 12 estados interessados em participar e refletiu nas características das obras inscritas. Ao todo, foram 256 peças contemporâneas contra 55 acadêmicas.

Comissão julgadora

A comissão julgadora foi composta por Carla Fatio (artista suíço-brasileira, Doutora em crítica de arte e produção cultural, Mestre em artes visuais e em Psicopedagogia), Rita Paiva (formada em Educação Artística, editora especializada em artes e artesanato, coreógrafa em exposições, feiras e eventos) e Selma Barbosa Lima (coordenadora dos projetos de mapeamento das vocações e atividades artísticas nas regiões, Mapa Cultural Paulista, Revelando São Paulo e Projeto Ademar Guerra; coordenadora das políticas públicas culturais dos museus e arquivos da capital e interior; vice-diretora do Museu da Casa Brasileira, na Secretaria de Cultura do Estado e sócio-proprietária do Grupo Barbosa Lima).

Ganhadores

Na modalidade contemporânea, a primeira colocação ficou com o artista plástico Francisco Horta de Albuquerque Maranhão, de São Paulo, com a obra ‘Foz do Pirajuçara’. Em segundo lugar, veio Paulo Henrique Lange, de Porto Alegre, com ‘The Task Of Warning’. Na terceira posição, está a mogiana Lídia da Silva Costa, com ‘Organella Passiflora’.

A quarta e quinta colocação ficaram com os artistas paulistanos Cristina Bottallo e Tatiane Cipoli, com suas respectivas obras ‘Paisagens Imaginárias’ e ‘Descarte nº 2’. Já menção honrosa dessa modalidade vai para a curitibana Rosangela Meger, com a obra ‘Sem Título – da série jogo de cena’.

Na modalidade acadêmica, o primeiro lugar ficou com Paulo Tosta, de Jaboticabal, com a obra ‘Primeiros Acordes’. Em segundo lugar veio Odil Miranda Ribeira, de Londrina, com a obra ‘Pintangueiras’. Em terceiro, quarto e quinto lugares ficaram os mogianos Daniel de Sousa Mello, com ‘Estrada do Alambique 5 Estrelas’, Giulianna Moro, com ‘Outros Tempos’ e Adelaide Lawitschka, com ‘Caminho da Felicidade (Minas)’.

A menção honrosa também ficou para um mogiano – o artista plástico Adriano de Sousa Mello, com a obra ‘Ícones Mogianos – Teatro Municipal’.

Premiação

Os cinco primeiros colocados em cada categoria receberão prêmio em pecúnia. Já os agraciados com menção honrosa receberão diplomas e medalhas. Todos os selecionados receberão certificado de participação.

 

Patrono

Sussumu nasceu no dia 1º de maio de 1917 no Japão, na cidade de Yahata e chegou ao Brasil aos 16 anos, ao lado de seus familiares, pai, mãe e três irmãos. Todos foram trabalhar na lavoura, com a plantação de café e passaram por cidades como Cravinhos, São Pedro, Quintana e Pompéia, até que em 1967 chegaram à Mogi das Cruzes.

Em Mogi, Sussumu passa a ser comerciante e inicia a prática de pintar telas em locais públicos, com especial apreço por retratar a cidade e a natureza. Autodidata, pintava o que via em locais abertos e de acesso ao público, como praças e ruas.

Interessado e participativo, fez parte do CEF – Centro de Estudos Folclóricos, ao lado dos amigos e alunos que conquistou na cidade, como Olga Nóbrega, Heraldo Moraes, João Castilho Neto, entre outros. Com eles, começou a participar de salões e exposições, apresentando seu trabalho ao público ávido por arte. Também foi membro da Academia de Belas Artes de São Paulo.

Para aprimorar os conhecimentos da língua e cultura brasileira, cursou Mobral e também fez supletivo.

Aos 72 anos, aprendia e praticava a pintura clássica, quando conheceu o pintor Barros – O Mulato, de quem se orgulhava pelos traços apresentados em sua arte.

O mestre Sussumu, que para muitos proporcionou conhecimento artístico costumava dizer que, quando criança, já pintava paredes, cultivando sonho artístico de ser pintor. Também sonhava em praticar porcelana, escultura e levar essa experiência de volta ao Japão.

Foi casado com Masako e teve sete filhos: Tsunehissa, Momoyo, Keiko, Luiza, Teresa, Helena e Alice. Faleceu no dia 20 de julho de 1992.

(Informações extraídas da obra O ABC do Pintor Sussumu Aramaki, de Nyssia Freitas Meira – 2008 e fornecidas por familiares do artista).

 

Serviço

O Centro Cultural de Mogi das Cruzes, onde está instalado o 7º Salão de Artes, fica na Praça Monsenhor Roque Pinto de Barros, número 360, na área central. Outras informações estão disponíveis pelo telefone 4798-6988.

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