Veja fotos: segunda noite de desfiles no Rio fala sobre a ancestralidade
Unidos da Tijuca, Beija-Flor, Salgueiro e Unidos de Vila Isabel brilharam na segunda noite de desfiles no Rio de Janeiro
Veja fotos das quatro escolas de samba
Acadêmicos do Salgueiro, desfila no segundo dia de carnaval do grupo Especial na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro | Tomaz Silva/Agência Brasil
Reportagem de: O Diário
A ancestralidade africana foi destaque da segunda noite de desfiles do Grupo Especial – a elite das escolas de samba do carnaval do Rio de Janeiro. Três das quatro escolas – Unidos da Tijuca, Beija-Flor e Salgueiro – abordaram o assunto de alguma forma nos enredos. Já a Unidos de Vila Isabel, que fechou a noite, preferiu assombrar o público com um enredo que apresentava também elementos de diversão.
Já na abertura do carnaval carioca, na Marquês de Sapucaí, religiões de matriz africanas e afro-indígenas foram o centro das apresentações.
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Unidos da Tijuca

A juventude do Borel, como diz trecho do samba-enredo da Unidos da Tijuca, desceu o morro para cantar em louvor a Lógun Edé, personagem principal do enredo da escola de samba Unidos da Tijuca, dona de quatro títulos na elite do carnaval carioca – o último em 2014. A azul e amarelo da Tijuca – tradicional bairro da zona norte carioca – conta a história da divindade cultuada pelas religiões de matriz africana conhecida como príncipe dos orixás. A cantora Anitta é uma das compositoras do samba-enredo, mas não compareceu ao desfile por questão de agenda.
Beija-Flor

A Beija-Flor entrou na avenida praticamente soltando fogo. O público delirou ao ver as chamas saindo do carro abre-alas, Xangô Me Guia. Dona de 14 títulos na elite do carnaval do Rio, a Beija-Flor de Nilópolis teve a despedida do intérprete Neguinho da Beija-Flor, após 50 anos representando a voz da azul e branca. A escola apresentou ao público da Marquês de Sapucaí o enredo Laíla de Todos os Santos, Laíla de Todos os Sambas, uma homenagem ao diretor de carnaval que figura entre as maiores personalidades da agremiação e do carnaval carioca.
Salgueiro

O Salgueiro foi a terceira escola da noite a levar, de alguma forma, o tema ancestralidade para a Sapucaí. A comissão de frente, que tem como meta fazer a abertura do desfile da escola de samba, teve um papel simbolicamente oposto. Os bailarinos tiveram a missão de fechar espiritualmente o Salgueiro, isso porque a agremiação teve como enredo a proteção representada pelo “corpo fechado”, conforme explicou o assistente de coreografia Fábio Albuquerque. A escola, também do bairro da Tijuca, atravessou a Passarela do Samba de corpo fechado. O enredo Salgueiro de Corpo Fechado explorou a relação humana com a busca pela proteção espiritual.
Vila Isabel

A Vila Isabel foi a quarta e última a desfilar. A agremiação levou para a avenida elementos, pelo menos em teoria, assustadores. Fantasmas, lobisomens, caveiras, dragões, monstros, mascarados, bicho-papão, espantalhos, cuca, vampiros, bruxas, lobo mau e zumbis estavam presentes em fantasias e alegorias. A escola da zona norte do Rio e dona de três títulos da primeira divisão – sendo o último em 2013 – expôs para o público e jurados o enredo Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece, desenvolvido pelo carnavalesco Paulo Barros.
- COM TEXTO DA AGÊNCIA BRASIL