Ato público contra o pedágio em Mogi será no “Buraco do Padre”, na sexta

Reportagem de: O Diário

Além de medidas judiciais planejadas por Mogi das Cruzes contra a instalação do pedágio na rodovia Mogi-Dutra, lideranças e integrantes do Movimento Pedágio Não começam a se organizar para a realização de protestos públicos contra a inclusão do município no projeto de concessão das rodovias litorâneas. Um dos primeiros está sendo preparado para acontecer nesta sexta-feira, dia 25, no período da tarde, na região central da cidade. Detalhes sobre a mobilização deverão ser divulgados no decorrer da semana nas redes socoais do movimento Pedágio Não, que já protagonizou outras ações no passado, contra essa mesma cobrança.

Desde a sexta-feira (18), quando a audiência púlblica realizada pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) ocorreu em São Paulo, a participação de lideranças locais movimenta as redes sociais de moradores e de grupos mogianos (confira reportagem aqui).

Entre os atos esperados para os próximos dias está um recurso judicial prometido pelo prefeito Caio Cunha (Podemos) contra a audiência realizada durante pouco mais de 6 horas, realizada na sede do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) na Capital. Caio Cunha irá questionar a localização do encontro público em outra cidade, e não em Mogi das Cruzes, o que não deu a oportunidade para uma participação maior do público interessado nas mudanças.

Lideranças questionam a maneira de apresentação do projeto, e a disponibilidade de apenas dois minutos para apresentar suas críticas e sugestões – a consulta pública prossegue e as pessoas interessadas podem encaminhar sugestões, dúvidas e críticas à Artesp (acesse aqui).

Durante a audiência, participantes de Mogi das Cruzes e de Itanhaém, outra cidade contrária ao projeto, disseram que os movimentos populares voltarão às ruas para protestar contra o projeto do free flow, defendido pelo governador Tarcísio de Freitas.

Em Mogi das Cruzes, segundo Paulo Boccuzzi, um dos fundadores do Pedágio Não, o primeiro protesto deverá ser no final da tarde de sexta, em um ponto de movimentação das pessoas: a passagem subterrânea Oswaldo Crespo de Abreu, no bairro do Shangai, conhecida como “Buraco do Padre”, um apelido dado à obra concluída durante a gestão do ex-prefeito Manoel Bezerra de Melo, o padre Melo.