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Câmara de Arujá volta a se mobilizar contra pedágios

Um bom exemplo de cidadania está vindo da Câmara Municipal de Arujá, que voltou a se mobilizar contra a instalação de pedágio nas rodovias Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga. A ação ocorre após anúncio do governo estadual de retomada dos estudos para implantação do sistema de cobrança denominado free flow, em que o motorista paga somente pela […]

30 de maio de 2023

Reportagem de: O Diário

Um bom exemplo de cidadania está vindo da Câmara Municipal de Arujá, que voltou a se mobilizar contra a instalação de pedágio nas rodovias Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga. A ação ocorre após anúncio do governo estadual de retomada dos estudos para implantação do sistema de cobrança denominado free flow, em que o motorista paga somente pela quilometragem percorrida na rodovia onde estiver circulando.

A Câmara de Arujá aprovou uma moção de apelo ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), elencando os impactos negativos que serão causados à economia local e regional, caso a medida seja efetivada, e convocou a classe política a se unir para defender os interesses dos municípios do Alto Tietê.

Na sessão em que a proposta foi apresentada, vereadores se revezaram na tribuna. O primeiro deles foi o vereador Vinícius Henrique Alberto Bernardo, o Vinícius Pateta (Rede), lembrando que a região já conta com pedágios na Dutra e no Rodoanel. A instalação de praças na Mogi-Dutra e na Mogi-Bertioga vai encarecer o transporte, os produtos e o custo de vida da população. O impacto maior, sem dúvida, será na geração de emprego”, disse ele, prevendo fuga de empresas e investimentos na região.

 “Não podemos admitir isso! É uma arbitrariedade! O que precisamos em nossa região é de investimento e não de taxas. A palavra de ordem é investimento, pois a nossa população está sofrendo e o Poder Público precisa fazer o seu papel”, destacou Divinei da Silva (PL) em seu discurso.

A principal preocupação dos vereadores arujaenses diz respeito ao trecho entre Arujá e Mogi das Cruzes. O fluxo entre as duas cidades é intenso, principalmente, por conta da busca por atendimento hospitalar, estudos e lazer, visto que a rodovia Mogi-Bertioga liga a região ao Litoral Sul do Estado de São Paulo.

“Tínhamos lá atrás, ainda na época do ex-prefeito Abel Larini (PL), um projeto para ‘jogar’ Mogi na Dutra e não Mogi em Arujá. Hoje, Arujá recebe o maior fluxo de veículos com destino a SP e ao RJ porque não há um acesso viário adequado. Também enfrentamos problemas de congestionamento e situações como a dos moradores do Jardim Via Dutra. Ou seja, o DER não termina a obra, não atende nossas reivindicações e ainda quer cobrar pedágio. É uma vergonha”, disse  Renynaldo Gregório Júnior, o Reynaldinho (PTB), em discurso na tribuna.

Roberto Daniel Duarte, o Renan de Arujá (PODE) disse que o pedágio será uma “tragédia”. “Somos uma cidade cercada de pedágios e a mais prejudicada será a população”.

Paulinho Maiolino (PSD) chamou a atenção para o posicionamento do governo. “Na campanha, ele (o atual governador Tarcísio de Freitas) afirmou ser contra o pedágio na região; agora a coisa se inverteu. Mas se nos somarmos a outras forças políticas, conseguiremos lutar”, conclamou.

O vereador Gabriel dos Santos (PSD) reforçou o posicionamento contrário ao pedágio, apelou ao deputado estadual André do Prado (PL), atual presidente da Assembleia Legislativa, que alerte o governador e chamou a retomada dos estudos de “vergonha”. “O estado de São Paulo é aquele que mais tem pedágio. A gente gasta mais de pedágio do que de combustível para ir a Rio Preto”, exemplificou. Segundo o parlamentar, a duplicação da Mogi-Dutra não previa esse tipo de cobrança.

Em resposta ao colega de Plenário, Abel Franco Larini, o Abelzinho (PL), presidente da Casa Legislativa, garantiu que André do Prado (PL) é contra o pedágio e afirmou que “lutará até o fim em favor da população da região”.

A moção de apelo foi aprovada por todos os presentes e cópias da propositura serão enviadas ao governador, ao presidente da Assembleia Legislativa, à presidência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao Procurador Geral de Justiça e à Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).

 

Verbas de emendas

O deputado Marcos Damásio (PL) foi um dos parlamentares mais beneficiados com recursos do governo estadual que, segundo o Estadão, foram liberados pelo governador Tarcísio de Freitas, sem a necessidade de explicações a respeito da destinação do dinheiro.

Ao todo, foram R$ 109 milhões.

Desse total, Damásio, o quinto mais beneficiado, vai distribuir o seu dinheiro entre Americana, Biritiba Mirim e Salesópolis, ao todo, R$ 4,2 milhões.

 

Região beneficiada

Segundo o jornal, “as emendas ajudaram a colocar Biritiba e Salesópolis no ranking dos dez municípios mais beneficiados. Com 17,3 mil habitantes, Salesópolis recebeu R$ 2 milhões de emenda Pix do deputado. Idêntica quantia foi destinada a Biritiba Mirim. Detalhe: os prefeitos das duas cidades – Vanderlon Gomes e Carlos Alberto Taino Júnior, o Inho, são do PL, mesmo partido de Damasio.

O município de Suzano foi o terceiro mais beneficiado do Estado e primeiro da região, conforme o jornal: R$ 3,29 milhões, a maior parte destinada por Estevam Galvão (União Brasil) que distribuiu R$, 4,04 milhões.

 

Mulheres em risco

Já está vigorando, em Suzano, a lei que obriga bares, restaurantes, casas noturnas e de eventos do município a adotarem medidas de auxílio à mulher que se sinta em situação de risco em suas dependências. A iniciativa foi do vereador Rogério Castilho (PSB), aprovada em abril.

Conforme a nova legislação, o auxílio deverá ser prestado pelo estabelecimento ou organizador do evento, oferecendo acompanhamento à mulher até um ambiente seguro, interno ou externo, até seu veículo ou algum outro meio de transporte disponível.

Eles também devem acionar a polícia, caso necessário.

 

Caminhos da ajuda

A lei suzanense determina ainda que sejam afixados cartazes nos banheiros femininos ou em qualquer ambiente do local informando sobre a disponibilidade de se prestar auxílio à mulher que se sinta em situação de risco, ou que se utilize de outros mecanismos para ajudar na efetiva comunicação com a mulher.

Segundo o autor, o objetivo da lei é proteger e evitar o assédio e a violência contra as mulheres em estabelecimentos da cidade.

“Sabe-se que grande parte (dos casos de assédio) ocorre em ambientes como bares, casas de shows, baladas e afins, os quais muitas vezes não possuem estrutura e profissionais treinados para agirem nessas situações”, diz Castilho.

 

Secretária em Mogi

Além de apresentar linhas de crédito disponibilizadas pelo governo estadual para atender a micro e pequenas empresas administradas por mulheres, a secretária de Estado de Políticas para a Mulher, Sonaira Fernandes, que estará em Mogi, nesta terça-feira (30), tem uma extensa agenda a ser cumprida, que inclui também visita ao Hospital Luzia de Pinho Melo, às 14h; e à Delegacia de Defesa da Mulher, às 15h30.

 

Recuperando imóveis

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação está colocando em prática o programa ‘Viver Melhor’, a ser desenvolvido em 43 municípios do Estado, beneficiando 12,2 mil famílias com recuperação interna e externa em cerca de 12,2 mil imóveis em precárias condições de conservação e ocupação.Serão investidos R$ 325 milhões para beneficiar 48 mil pessoas.

Na região, serão feitas 750 reformas em prédios de Mogi e em 686 de Itaquá.

Estas obras se tornaram indispensáveis em razão das precárias condições em que foram entregues alguns prédios construídos pelo Estado, por meio da CDHU. Em Mogi, os apartamentos da Vila Cléo sempre foram apontados como exemplos clássicos dessa precariedade.

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