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Comissão desiste de convidar promotor para esclarecer denúncias contra vereadores

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Corrupção desistiu de convidar o promotor do Patrimônio Público, Kleber Basso, para participar, na próxima semana, de um encontro com membros do grupo que investigam irregularidades em contratos públicos, envolvimento de agentes políticos e de empresários em suspeitas de organização criminosa, compra de apoio para aprovação de projetos […]

7 de dezembro de 2020

Reportagem de: O Diário

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Corrupção desistiu de convidar o promotor do Patrimônio Público, Kleber Basso, para participar, na próxima semana, de um encontro com membros do grupo que investigam irregularidades em contratos públicos, envolvimento de agentes políticos e de empresários em suspeitas de organização criminosa, compra de apoio para aprovação de projetos e lavagem de dinheiro.

O presidente da CEI, vereador Pedro Komura (PSDB), alega curto prazo para concluir os trabalhos e acha que não deve incomodar a promotoria, mesmo que seja só para esclarecer dúvidas.

Segundo Komura, esse encontro estava previsto para o dia 10, isso se o promotor do caso, Kleber Basso, aceitasse o convite. Porém, entende que o tempo seria exíguo para os membros da Pasta concluir a análise de todo o material e apresentar o relatório final até o próximo dia 16”, quando acontece a última sessão legislativa do atual mandato.

Além disso, o presidente Komura entende que o MP já apresentou o trabalho mais aprofundado de investigação para apurar os dados que foram apresentados no processo de denúncia contra o grupo de parlamentares no âmbito da Operação Legis Easy, e que “não há motivo para o grupo fazer qualquer tipo de questionamento ao promotor, mesmo que seja só para esclarecer algumas dúvidas”.

 

Prazos

Para conseguir cumprir o prazo, o presidente da CEI esclarece que, nos próximos dias, os membros da CEI estarão “concentrados na análise de todo o material” que a pasta conseguiu reunir desde que começou a avaliar os contratos públicos com a Saúde, Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae), projetos de zoneamento, além dos depoimentos e as defesas dos seis vereadores envolvidos: Antônio Lino (PSD), Carlos Evaristo (PSB), Diego de Amorim Martins (MDB), Francisco Bezerra (PSB), Jean Lopes (PL) e Mauro Araújo (MDB).

Foram ouvidos também empresários citados nas denúncias feitas à Justiça pela Promotoria do Patrimônio Público, que descobriu repasses de mais de R$ 1,2 milhão na conta dos parlamentares feitos por empresas suspeitas de lavar dinheiro para políticos da cidade.

Todos os vereadores ouvidos negaram envolvimento e afirmam que esses valores são empréstimos que eles teriam contraído da empresa de crédito de Mauro Araújo, citado como articulador do esquema. 

O relatório final, que será apresentado em plenário até o dia 16, seguirá depois para avaliação do MP. O papel da CEI é apontar se houve ou não qualquer tipo de inconsistência nos contratos ou indícios de irregularidades na conduta de vereadores, e indicar as responsabilizações ao MP, mas tem o poder de penalizar os envolvidos.

No que se refere aos contratos públicos, o presidente da CEI já observou que não foram constatadas irregularidades. Porém, o presidente prefere não antecipar qualquer parecer sobre o comportamento ou conduta dos colegas denunciados, mesmo após ter interrogado todos eles.

 

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