Furto de fios suspende o atendimento na sede do CVV de Mogi há 4 dias
Com a retirada de algumas telhas, ladrões invadiram a cobertura da sede do Centro de Valorização à Vida, o CVV de Mogi das Cruzes, na última quinta-feira (27) e levaram toda a fiação do imóvel. Desde então, o atendimento oferecido para a prevenção ao suicídio está suspenso na sede – e os voluntários fazem os […]
Reportagem de: O Diário
Com a retirada de algumas telhas, ladrões invadiram a cobertura da sede do Centro de Valorização à Vida, o CVV de Mogi das Cruzes, na última quinta-feira (27) e levaram toda a fiação do imóvel. Desde então, o atendimento oferecido para a prevenção ao suicídio está suspenso na sede – e os voluntários fazem os plantões de suas casas.
Após invadir a sede, localizada à rua Paulo Ferrari Massaro, 90. na Vila Lavínia, os ladrões – ou o ladrão, retirou os cabos que garantiam a energia elétrica no interior do CVV mogiano, uma entidade reconhecida pelo serviço social voluntário e gratuito prestado a milhares de pessoas nos 37 anos de atividades na cidade e região.
A caminho das quatro décadas, o CVV mogiano faz parte da rede nacional que atende pelo telefone 188 as pessoas que buscam o apoio emocional quando estão enfrentando situações como a depressão e a desesperança com o presente e o futuro.
Desde o início da pandemia, entidades médicas que lidam com as sequelas psicológicas e emocionais geradas pela crise e seus graves efeitos colaterais, como o desemprego e a solidão, notam o aumento da procura por serviços de escuta e médicos. Houve também crescimento dos suicídios, sobretudo com vítimas jovens e idosas.
VEJA TAMBÉM uma das reportagens feitas por O Diário com detalhes sobre a escuta e o apoio emocional realizados pelo CVV de Mogi das Cruzes.
Retorno
Contatos com a EDP já foram feitos e a concessionária afirma que o religamento, até o imóvel, já foi feito, porém, os voluntários ainda não conseguiram retomar o trabalho presencial no endereço, como conta Valdete de Siqueira, uma das responsáveis pela entidade.
Uma casa desocupada, ao lado da sede do CVV, também foi invadida.
Valdete Siqueira fala sobre as perdas financeiras, mas lamenta, sobretudo, as sociais. O atendimento dos cerca de 4 mil postos brasileiros do CVV é unificado – porém, a falta de voluntários em uma destas peças sobrecarrega todo o sistema, observa a voluntária.
Alguns dos 22 integrantes do posto mogiano já não realizavam o atendimento na sede do posto – homo office também foi adotado ali. Porém, uma parte deles sim. Até a próxima terça-feira, quando um serviço emergencial será feito para restabelecer a energia elétrica, o posto continuará desativado.
Ajuda
Os gastos iniciais previstos para sanar o problema foram orçados em cerca de R$ 1 mil. O CVV não possui receita pública e os integrantes da unidade local realizam atividades e recebem doação para manter o atendimento. As pessoas interessadas em doar podem fazer um pix para as chaves: [email protected] e [email protected]
Quem administra o CVV mogiano é uma entidade mantenedora, cujo nome é Centro de Valorização Humana.
Outras informações podem ser obtidas nas redes sociais do CVV (acesse aqui).