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Garoto que morreu após espancamento pelo pai adotivo será sepultado neste sábado (24)

O corpo da criança de 7 anos que morreu na madrugada da última sexta-feira (23), após haver sido espancada pelo pai adotivo, em razão de ter pegado comida na geladeira de sua casa, em Guararema, será sepultado na tarde deste sábado (24) no cemitério São Benedito, em Guararema. As informações foram repassadas por funcionários do […]

24 de junho de 2023

Reportagem de: O Diário

O corpo da criança de 7 anos que morreu na madrugada da última sexta-feira (23), após haver sido espancada pelo pai adotivo, em razão de ter pegado comida na geladeira de sua casa, em Guararema, será sepultado na tarde deste sábado (24) no cemitério São Benedito, em Guararema.

As informações foram repassadas por funcionários do cemitério. 

A missa de corpo presente será realizada às 13 horas na Paróquia São Benedito, a Igreja Matriz de Guararema. O corpo então deve seguir para o enterro, logo após o encerramento da cerimônia.  

O caso provocou grande repercussão na cidade e em todo o País. 

Os pais do menino tinham cargos na Educação e Conselho Tutelar.

O pai e a mãe da criança estão presos e o caso segue sendo investigado pela Polícia. O pai e a mãe foram encaminhados à Cadeia Pública de Mogi das Cruzes e Cadeia Feminina de Itaquaquecetuba, respectivamente, onde permaneciam detidos, até a manhã deste sábado. 

O pai da criança, que segundo a PM confessou ter espancado o filho, foi conselheiro tutelar em Guararema por cinco meses. Ele ocupa cargo no Conselho Municipal de Saúde, após ter sido eleito por votação popular. 

Segundo nota da Prefeitura encaminhada para O Diário, Marcelo Bezerra Leão participou do pleito eleitoral do Conselho Tutelar do município no ano de 2019, não tendo sido eleito e tendo permanecido como suplente até a vacância de uma vaga em setembro de 2022.

Entre setembro de 2022 e fevereiro de 2023, o mesmo permaneceu apenas cinco meses no cargo, tendo pedido exoneração em fevereiro deste ano. Durante o período, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Habitação não recebeu nenhuma reclamação, notícia ou denúncia sobre qualquer conduta que o desabonasse.

Sobre o cargo de Marcelo no Conselho de Saúde, a Prefeitura de Guararema disse que “já acionou seu corpo jurídico, que, junto ao Ministério Publico (órgão fiscalizador de conselhos municipais), avalia o caso para adotar as medidas cabíveis em relação a participação dele neste órgão”.

A mãe dele também tinha cargo na área da Educação. 

Ela trabalhava como professora junto à Secretaria de Educação da Prefeitura de Suzano, atuando na rede municipal há mais de 10 anos. 

Em nota encaminhada a O Diário, a Prefeitura de Suzano enfatiza que repudia qualquer tipo de crime ou ato que atente contra os direitos fundamentais de crianças e adolescentes. “Também informa que tomou conhecimento da ocorrência na manhã desta sexta-feira (23), por meio de publicações na imprensa”. 

A administração destaca que a mãe do garoto não tinha, em seu histórico como professora, qualquer registro de queixas por parte da comunidade escolar (alunos, pais/responsáveis ou profissionais).

“É importante destacar que o caso se deu em outra cidade e em âmbito particular. Caso se confirmem as informações já divulgadas e o envolvimento da servidora no crime, todas as medidas administrativas possíveis serão tomadas com rigor”, finalizou a Prefeitura. 

O garoto apresentava ferimentos em diversas partes do corpo e o suspeito afirmara, inicialmente, à equipe médica, que ele havia caído de uma escada. A apuração mostrou, no entanto, que em abril passado, a mesma criança havia sido encaminhada ao hospital da cidade com uma fissura no fêmur.

Chamou a atenção, nas últimas horas, a divulgação de um post feito por ela numa rede social, onde afirma:
“Quando eu, como mãe, estiver brigando com o meu filho, não se intrometam, pois sei muito bem o que estou fazendo. Não me digam ‘Ah, deixe o menino(a)!’ Não, eu não deixo. Vocês dizem que em suas casas ele pode fazer o que quiser, e ele acreditará que isso também é permitido em qualquer lugar. O único a lidar com a falta de educação dele sou eu”, começa ela no texto. 
E vai além: “Portanto, deixem-me brigar com meu filho o quanto eu quiser. É melhor eu ser uma mãe rigorosa do que ser conivente e negligente! Se não corrigir agora, ele se tornará uma criança mimada, mal-educada e sem limites.”, finaliza a publicação. 

Ao mesmo tempo, ela aparecia abraçada com o menino que acabou sendo vítima da violência dos pais e com os seus outros filhos.

A reportagem busca contato com a defesa dos pais e deixa o espaço aberto para suas manifestações.

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