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CEV dos Furtos em Cemitérios de Mogi define estratégia de trabalho

A nova Comissão Especial de Vereadores (CEV), instituída na Câmara de Mogi para tentar encontrar maneiras de coibir as ocorrências de furtos em cemitérios da cidade, especialmente no São Salvador, localizado no Parque Monte Líbano, onde os casos são mais frequentes, fez a primeira reunião de trabalho nesta terça-feira (16) para definir as estratégias de […]

16 de maio de 2023

Reportagem de: O Diário

A nova Comissão Especial de Vereadores (CEV), instituída na Câmara de Mogi para tentar encontrar maneiras de coibir as ocorrências de furtos em cemitérios da cidade, especialmente no São Salvador, localizado no Parque Monte Líbano, onde os casos são mais frequentes, fez a primeira reunião de trabalho nesta terça-feira (16) para definir as estratégias de trabalho.

Os trabalhos da CEV começam com o envio de três ofícios à Prefeitura com pedidos de informações sobre a lista dos funcionários do cemitério e seus respectivos horários de expediente, relatório com as medidas de segurança adotadas até o momento no local pelo Executivo – para conter os constantes furtos – e catálogo que reúna inscrição cadastral dos ferros-velhos da cidade.

A primeira reunião foi coordenada pelo presidente da CEV, vereador Marino José da Silva, o Policial Maurino (PODE), e contou com a participação dos integrantes: Osvaldo Silva (REP), Edson Santos (PSD) e Johnross Jones de Lima (PODE).  

O presidente do grupo explicou que quer saber se os funcionários viram alguma coisa estranha, se perceberam alguma movimentação suspeita. “Também vamos ouvir parentes que tenham entes queridos no cemitério e que tenham sido vítimas desses furtos. Vamos colher novas denúncias”, explicou.

Ele disse que serão realizadas visitas nos cemitérios e blitze em locais que comercializam materiais como cobre e metais. Para isso, a CEV deve acionar a Polícia Milita para proteger os vereadores nesse trabalho em ferros velhos da cidade.

“Vamos pedir apoio da Polícia Militar para inspeções que faremos nesses comércios. Se alguém furta, é porque alguém compra. Queremos saber para onde estão sendo levados esses materiais”, justificou Maurino.

O líder do grupo informou ainda que também fará parte dos trabalhos a elaboração de levantamento dos casos registrados na Polícia Civil. “Precisamos entender se as ocorrências de furtos que chegam até nós estão sendo oficialmente registradas nas delegacias. Sem dados, fica difícil para as forças de segurança atuarem”, reforçou.

O vereador Edson Santos conta que visitou o cemitério São Salvador no último domingo e confirmou que problema persiste, apesar das denúncias feitas por pessoas que tiveram os túmulos dos seus entes danificados.

“Basta olhar para a quantidade de sepulturas com grades ou outros adornos arrancados, que ainda é bastante alta. Metade do cemitério recebeu holofotes. Porém, a outra metade continua no escuro. Além disso, somente a iluminação não é suficiente para resolver o problema. Precisamos melhorar as concertinas, colocar câmeras de monitoramento e ter mais rondas da guarda-municipal”, comentou Santos.

Também se manifestou o vereador Johnross para dizer que também foi procurado por famílias que sofreram com esse tipo de furto. “Chegaram muitas reclamações. São pessoas que tiveram os túmulos dos parentes violados, e isso é mais do que um furto comum. Acaba mexendo com o psicológico. É por isso que a resposta do Legislativo é urgente e muito importante. Vamos entender todo o contexto: saber horários, quais medidas de segurança serão colocadas e combater aqueles que compram esses materiais, isto é, descobrir quem são os possíveis receptadores”.

“Essa CEV veio para ajudar e para aliviar a angústia da nossa população”. Grades de jazigos, enfeites, esculturas, molduras de fotos, imagens de santos, vasos, entre outros itens metálicos, especialmente de prata e bronze, são exemplos de itens alvo de furtos no cemitério São Salvador”, reforçou Osvaldo Silva. O vereador Gustavo Siqueira (PSDB) também faz parte da Comissão Especial.

 

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