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Construção de muro em área de igreja do Jardim Universo gera reclamações

Postagens sobre o “fechamento da praça” da Paróquia Imaculado Coração de Maria, localizada na rua Thuller, no Jardim Universo, em Braz Cubas, passaram a circular nas redes sociais na última semana. Moradores e comerciantes do bairro e, principalmente, frequentadores do espaço, reclamam da construção de muro cercando a área da igreja. Segundo o paróco Sérgio […]

17 de maio de 2023

Reportagem de: O Diário

Postagens sobre o “fechamento da praça” da Paróquia Imaculado Coração de Maria, localizada na rua Thuller, no Jardim Universo, em Braz Cubas, passaram a circular nas redes sociais na última semana. Moradores e comerciantes do bairro e, principalmente, frequentadores do espaço, reclamam da construção de muro cercando a área da igreja.

Segundo o paróco Sérgio Henrique Rodrigues, a intervenção está sendo realizada no terreno particular pertencente à Cúria Diocesana de Mogi das Cruzes, que deve ser utilizado como estacionamento restrito aos frequentadores do local, mas permanecerá com acesso aberto aos pedestres.

“Percebemos que houve inúmeros comentários recentemente a respeito das melhorias que estão sendo feitas no terreno da igreja, dito ‘Praça da Igreja’, na rua Thuller, 564, no Jardim Universo, e quero esclarecer o seguinte: A ‘praça’ é da igreja? Sim, o que se costumou dizer ‘praça da Igreja’ é um terreno de 2.728 m2 com escritura datada de 10 de abril de 1950, em nome da Mitra Diocesana de Mogi das Cruzes, e registrada no Cartório de Registro de Imóveis. A praça vai ser fechada? Durante anos a ‘praça’ sempre esteve para uso dos fieis frequentadores das celebrações da Igreja Matriz do Imaculado Coração de Maria e, aos poucos, algumas pessoas que não participam da igreja começaram a deixar seus veículos no espaço de estacionamento da ‘praça’. Isso causou e causa inúmeros transtornos como ter interrompida as celebrações para liberar o veículo que estava ali estacionado de alguém que não estava frequentando a celebração; como de veículos que circulavam entre os pedestres, inclusive de crianças, causando perigo às mesmas e seus familiares, alguns idosos ou outros transeuntes”, explica o padre em nota postada nas redes sociais.

Ainda de acordo com ele, por este motivo, o acesso de veículos passará a ser limitado, sendo que a entrada do estacionamento da ‘praça’ ficará permitida somente àqueles que desejarem participar das celebrações litúrgicas. “Os portões serão abertos nos horários das celebrações. A passagem de pedestre não será prejudicada, visto que a mureta colocada possui dois espaços para passagens por onde os pedestres podem circular para estar na ‘praça’, passar por ela, cruzar de um lado a outro da mesma, ou passar de uma rua a outra. Sendo possível ainda, a qualquer hora do dia ou noite estarem no ambiente, sentados nos bancos da ‘praça’ ou passeando pelo seu interno”, detalha o pároco.

Ele afirma que, neste momento, será realizada apenas esta adequação do espaço. “Não é nenhuma reforma, mas com a graça de Deus e a ajuda dos paroquianos que sempre ajudaram, zelaram e contribuíram para o bem da igreja e de suas propriedades, dentro de um projeto arquitetônico e paisagístico, melhoraremos ainda mais o único cartão postal do bairro que é reconhecido assim até mesmo por quem não frequenta a igreja que está neste local e é sua proprietária legítima. Lamentamos o inconveniente e estaremos sempre dispostos a esclarecer qualquer dúvida”, finaliza o religioso.

Uma das pessoas que reclama da construção do muro ao redor da área da igreja é o autônomo Milton Pereira. Em suas redes sociais, ele postou a indignação com a obra. “Praça da rua Thuller sendo fechada. Acho que não seria o caso, pois deveria ser cuidada pelos órgãos públicos, na conservação e manutenção, mas não estou vendo isso. Em vez de arcar com o dever, estão só destruindo o pouco que temos…. A praça é nossa”.

Em nota enviada a O Diário, a Secretaria Municipal de Urbanismo informa que como o espaço na frente da igreja, utilizado como uma praça, não se trata de um terreno público, mas sim particular, pertencente à paróquia, as intervenções em questão estão sendo realizadas pela igreja, dentro da área de sua propriedade, e são acompanhadas pelas equipes de fiscalização da pasta.

 

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