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Corredor Nordeste abre nova avenida e prepara César para receber o trem

A Prefeitura de Mogi das Cruzes deu início à implantação do Corredor Nordeste, um conjunto de obras viárias destinado a resolver os problemas de mobilidade entre a zona Leste (região de César de Souza) e o centro da cidade, além de oferecer condições favoráveis para a chegada dos trens de subúrbio até a sede daquele […]

27 de maio de 2023

Reportagem de: O Diário

A Prefeitura de Mogi das Cruzes deu início à implantação do Corredor Nordeste, um conjunto de obras viárias destinado a resolver os problemas de mobilidade entre a zona Leste (região de César de Souza) e o centro da cidade, além de oferecer condições favoráveis para a chegada dos trens de subúrbio até a sede daquele distrito.

Orçados inicialmente em R$ 98.191.606,43, os trabalhos em execução pela empreiteira Kamilos, incluem a construção de uma avenida de 1,5 km com um viaduto sobre a via férrea, como parte do Projeto Viva Mogi (antigo +Mogi EcoTietê). 

O objetivo principal dessa etapa será desafogar a avenida Ricieri José Marcatto, que atravessa todo o centro de César de Souza, invariavelmente congestionada por falta de outras opções para quem precisa ir de um lado ao outro do distrito. 

Além disso, a nova avenida deverá funcionar como um braço para a futura conclusão do anel viário de circulação da cidade, servindo como ponto de partida para a interligação da avenida Francisco Rodrigues Filho (Mogi-Guararema) à rodovia Mogi-Bertioga, passando pela Mogi-Salesópolis, obra que será feita na segunda fase do projeto, financiado pela Cooperativa Andina de Fomento (CAF), por meio do Banco de Desenvolvimento da América Latina.

As primeiras obras do Corredor Nordeste estarão concentradas na abertura de uma nova avenida que interligará a Francisco Rodrigues Filho, junto à rotatória de César de Souza, à Dante Jordão Stoppa, nas proximidades do mini shopping (mall) da Helbor, ao lado do Conjunto Ipoema.

Mas para garantir um acesso seguro à futura opção de tráfego, já estão sendo feitas modificações na estrutura da rotatória de César, que será transformada no chamado “dispositivo geométrico”, não mais em círculo, para que sua área de circulação e retorno, atualmente com 250 metros, passe a ter 650 metros de extensão e distribua com mais segurança o trânsito naquela região.

O início da nova avenida de duas pistas, com ciclovia e passagem para pedestres, que avançará entre as vias Ricieri José Marcatto e Pedro Romero, cortará ao meio o terreno onde existe atualmente uma garagem de ônibus, desapropriado de Isaías Di Bello. 

Dali, seguirá por cerca de 350 metros em linha reta, por terrenos particulares, sem construções e acesso direto à área urbanizada de César. 

Em frente, tomando a direção da esquerda, a via passará pelos fundos da Cerâmica Marcatto e da Empreiteira Vidal, numa extensão de mais 750 metros, até o início do primeiro viaduto sobre a via férrea e a chegada à  avenida Dante Jordão Stoppa. A partir deste ponto, o projeto prevê a utilização da atual avenida até as proximidades da fábrica da Elgin Máquinas, de onde, nas próximas etapas do projeto Viva Mogi, seguirá pela avenida Presidente Castello Branco, ultrapassando a Mogi-Salesópolis e rio Tietê até atingir a rodovia Mogi-Bertioga, completando o trecho que ainda falta do anel viário de circulação, que terá concluído o contorno em volta da área central de Mogi das Cruzes.

“Junto com essas obras viárias do Corredor Nordeste, a Prefeitura de Mogi já elaborou um projeto urbanístico para a ocupação de toda aquela região, localizada ao redor da primeira de mais três avenidas-parque que serão construídas na enorme área localizada entre a sede do distrito de César e o Parque Centenário da Imigração Japonesa”, afirma o secretário municipal Claudio de Faria Rodrigues, de Urbanismo, lembrando que o objetivo desse plano é impedir a ocupação desordenada daquela que poderá ser considerada “uma área nobre da cidade” e que, por isso mesmo, necessita estar cercada de todos os cuidados urbanísticos.

“Será uma região planejada, voltada prioritariamente para a habitação, com espaços para comércios e serviços, utilizando o conceito moderno de cidade multifuncional”, complementa o arquiteto, apresentando o decreto número 21.145/22, baixado pelo prefeito Caio Cunha em 5 de agosto de 2022, que aprova e institui o Projeto Urbanístico Específico da Área de Intervenção Urbana na Região Leste do município de Mogi das Cruzes. 

Junto com o decreto está um caderno especialmente ilustrado com um histórico, além de imagens e mapas daquela área, especificando, ponto por ponto, como deverá acontecer a ocupação programada do local.

Viva Mogi – Preparando caminho para o trem em César

Viaduto sobre a linha férrea será uma maneira de facilitar   a chegada dos subúrbios  até  a área central do distrito, uma antiga aspiração dos moradores e de toda a cidade.

Viaduto

As primeiras movimentações de terra já despertam a curiosidade de motoristas, pedestres e moradores de prédios vizinhos para a área onde está começando a construção do viaduto do Corredor Nordeste sobre a ferrovia, que será erguido em concreto armado e vigas pré-moldadas, a serem confeccionadas num terreno alugado pela Construtora Kamilos, ao lado da futura obra. As peças que, depois de prontas, terão consumido mais de 6 mil metros cúbicos de concreto e 900 mil quilos de aço, serão içadas com o auxílio de guindaste para a composição do viaduto que, sozinho, deverá consumir cerca de R$ 60 milhões, dos mais de R$ 98 milhões de todo o Corredor Nordeste.

Todo esse material deverá manter de pé uma estrutura de 300 metros de comprimento, cujo tabuleiro, a parte plana superior da obra, estará a uma altura de 11 metros em relação ao terreno sobre o qual será erguido. Algo que, segundo o secretário, corresponde à altura média de um imóvel com quatro pavimentos.

A exemplo de toda a avenida, o viaduto terá 29m50 de largura, conforme corte transversal do projeto.Transversalmente, a superestrutura terá quatro faixas de rolamento de 3m50 cada, quatro faixas de segurança de 60 cm cada uma, além de dois acostamentos com 2m80 cada um. Além disso, serão implantados dois passeios de 1m50 cada, destinados à passagem de pedestres, podendo ser usados também para caminhadas. 

Haverá ainda espaço para ciclovia, em um dos lados, com 2m50 de largura.

O viaduto terá guarda corpos nas laterais, devidamente guarnecidos por pequenas elevações de concreto, conhecidas tecnicamente como “barreiras New Jersey”. Uma dessas barreiras irá separar as duas pistas, reservadas exclusivamente para a passagem dos veículos. 

Haverá pavimentação asfáltica em toda a pista do viaduto. (D.V.)

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