Diário Logo

Encontre o que você procura!

Digite o que procura e explore entre todas nossas notícias.

Sincomércio teme por empregos temporários com regressão à fase amarela

A regressão de Mogi das Cruzes, e de todo o estado de São Paulo, à fase amarela, anunciada nesta segunda-feira pelo governador João Doria (PSDB), preocupa o Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio) do município. A decisão obriga as cidades voltarem uma etapa no Plano São Paulo, o que faz com que as lojas só possam funcionar […]

1 de dezembro de 2020

Reportagem de: O Diário

A regressão de Mogi das Cruzes, e de todo o estado de São Paulo, à fase amarela, anunciada nesta segunda-feira pelo governador João Doria (PSDB), preocupa o Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio) do município. A decisão obriga as cidades voltarem uma etapa no Plano São Paulo, o que faz com que as lojas só possam funcionar durante 10 horas. Valterli Martinez, presidente da entidade, acredita que isso possa atrapalhar os empregos temporários criados nesta época do ano.

Ele explica que os contratos para essas vagas geralmente são feitos por 12 horas, sendo 8 horas de trabalho regular e outras 4 de hora extra. Entretanto, com a diminuição do tempo permitido de abertura e também da ocupação das lojas – na fase verde era permitida a ocupação de 60% dos estabelecimentos e agora isso cai para 40% – ele diz não saber como os empresários vão agir.

“Todo o trabalho de contratação para essas vagas de final de ano foi feito pensando em um turno de 12 horas, fazendo escalas para suprir as necessidades. Agora não dá para saber como vai ficar essa questão. Além disso, menos pessoas podem ficar dentro da loja e nessa época é preciso dar espaço ao consumidor. Algumas lojas acabam ficando pequenas até mesmo para os funcionários que já são contratados”, diz o presidente.

Anualmente, o comércio mogiano consegue liberação da Prefeitura para que as lojas fiquem abertas até as 23 horas. Martinez conta que o Sincomércio começaria entraria esta semana com o pedido de extensão de horário, mas agora a ação terá de ser interrompida.

Dentro do possível pelas normas do Plano São Paulo, ele espera que as 10 horas de funcionamento possam ficar a critério dos lojistas, para que eles possam definir, de acordo com o perfil dos clientes, qual será o melhor intervalo para manter as portas abertas.

“Existe o risco de criar mais aglomeração, porque mesmo que tenham as normas não é possível controlar quantas pessoas estarão nas ruas e a gente sabe do costume do brasileiro de deixar as compras para os últimos dias. Além disso, os consumidores trabalham. Muitos precisam das lojas abertas até mais tarde para conseguir efetuar suas compras. Então, é preciso deixar esse horário de funcionamento de livre escolha”, frisa.

O presidente prevê ainda uma diminuição nas chances de efetivação dos funcionários que são contratados para as vagas temporárias. Ele diz também que o que influenciou para uma possível segunda onda de contaminação do novo coronavírus foram os tumultos causados por festas clandestinas e não pela atuação do comércio.

Veja Também