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Invasão na Vila São Francisco aumenta e causa problemas a famílias vizinhas

Enquanto o processo de reintegração de posse da área invadida inicialmente por 20 famílias na Vila São Francisco tramita na Justiça, a ocupação irregular no local aumenta e causa cada vez mais problemas aos moradores vizinhos. Eles relatam consumo de álcool e drogas, brigas, baderna, aumento de furtos e roubos e até mesmo que os […]

29 de abril de 2021

Reportagem de: O Diário

Enquanto o processo de reintegração de posse da área invadida inicialmente por 20 famílias na Vila São Francisco tramita na Justiça, a ocupação irregular no local aumenta e causa cada vez mais problemas aos moradores vizinhos. Eles relatam consumo de álcool e drogas, brigas, baderna, aumento de furtos e roubos e até mesmo que os ocupantes da área fazem as necessidades fisiológicas nas ruas.

A área invadida no início de março é de propriedade da Prefeitura de Mogi das Cruzes, mas a posse pertence à empresa Trefiltubo, que ingressou com ação de reintegração na Justiça.

Segundo uma das moradoras das proximidades, que teve a identidade preservada para evitar represálias, todos estão temerosos com a presença dos invadores. “Eles não respeitam ninguém. Fazem arruaça todos os dias, brigam, bebem, usam drogas e sujam as calçadas. Ninguém faz nada. A Guarda Municipal nem passa por aqui. Só veio quando saiu reportagem no Diário. A Prefeitura empurra para a empresa, a empresa joga para a Prefeitura e ninguém faz nada. Então, a invasão está só aumentando”, alerta.

Outro morador da redondeza oberva o aumento do índice de assaltos e cobra ação da Prefeitura. “A área ainda nem está toda ocupada, mas nos sentimos de mãos amarradas e não vemos nenhuma ação da Prefeitura para impedir que isso aumente ainda mais. Além disso, compramos nossas casas com sacrifício e corremos o risco de desvalorização do nosso bem”, disse.

Segundo o advogado da empresa Trefiltubo, André Norio Hiratsuka, o processo de reintegração está em tramitação e, no momento, se encontra para ser despachado pelo juiz da causa. “Apesar de a empresa estar tomando todas as medidas cabíveis, qualquer coisa que ela faça sem autorização judicial, pode ser considerado exercício arbitrário das próprias razões. Portanto, no momento, estamos diligenciando no sentido de agilizar ao máximo o processo, para que a reintegração ocorra no menor prazo possível”, explicou a O Diário.

Procurada pela reportagem, a Prefeitura afirma que a área é de posse da Trefiltubo e que aguarda a ação da empresa, a partir de autorização formal da Justiça sobre o caso. “O município reforça o pedido de conscientização para o risco envolvido em ações dessa natureza, pois, além de se tratar de parcelamento irregular do solo, elas podem degradar o meio ambiente e levar insegurança aos próprios ocupantes, bem como a toda a vizinhança”, trouxe a nota enviada ao jornal.

A Prefeitura também diz que a invasão foi comandada por pessoas de fora da cidade, que eventualmente possuem casas em outras localidades, numa tentativa irregular de apropriação de área, por isso, ao tomar conhecimento do ocorrido, o município, por obrigação legal, também ingressou com ação civil pública.

Já a Secretaria Municipal de Segurança informa que vem monitorando a região. “Frente à reclamação dos moradores, as rondas serão intensificadas”, promete. Denúncias sobre comportamentos suspeitos podem ser feitas pelos telefones 190, da Polícia Militar, e 153, da Ciemp.

 

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