Mairiporã adere ao Condemat. Isso é bom ou ruim para o consórcio?
A atual diretoria do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) está comemorando a chegada da 14ª cidade à sua estrutura. A adesão de Mairiporã consolida a posição da entidade como o maior consórcio da região metropolitana de São Paulo, cujos participantes respondem por mais de 5% do Produto Interno Bruto do (PIB) […]
Reportagem de: O Diário
A atual diretoria do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) está comemorando a chegada da 14ª cidade à sua estrutura. A adesão de Mairiporã consolida a posição da entidade como o maior consórcio da região metropolitana de São Paulo, cujos participantes respondem por mais de 5% do Produto Interno Bruto do (PIB) do Estado e representam 3,2 milhões de habitantes.
Nesta semana, o presidente e vice do Condemat, prefeitos Luís Camargo (Arujá) e Guti Costa (Guarulhos), deram as boas-vindas para o prefeito Walid Hamid, o Aladim, de Mairiporã, que foi também apresentado à estrutura do Condemat, em especial às câmaras técnicas, que discutem temas de interesse comum entre as cidades, além das iniciativas consorciadas como a usina móvel de resíduos da construção civil, as unidades de residência terapêutica e o convênio com a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), assim como parcerias com diversas entidades que auxiliam no dia a dia das administrações municipais.
E se o ingresso de mais um município aumenta a arrecadação e o peso político do consórcio nas negociações com administrações federal e estadual, há que se levar em conta também que essa expansão um tanto desordenada do Condemat poderá provocar um inevitável divisionismo de interesses e até um possível desvirtuamento do preceito básico do grupo, que seria a defesa dos interesses dos municípios do Alto Tietê, localizados na área Leste da Grande São Paulo.
Mairiporã, entretanto, está localizada na região da Serra da Cantareira, na área Norte da região metropolitana e sua maior ligação com o Alto Tietê talvez seja o o fato de seu principal rio, o Juquery, ser um dos afluentes do nosso Tietê, mas do outro lado da Capital. Outra semelhança com a região talvez seja o fato de Mairiporã também ter grande parte de seu território sob jurisdição da Lei de Proteção dos Mananciais, o que restringe seu crescimento, como acontece com Biritiba e Salesópolis.
Tirante essas poucas semelhanças, a realidade da região onde Mairiporã está localizada é bem diferente do Alto Tietê. Seus vizinhos são outros, com exceção de Guarulhos, seu sistema viário é outro e até sua posição geográfica não se assemelha à da zona Leste. Em lugar das Serras do Mar e do Itapeti, lá se encontra a Serra da Cantareira e em vez de rodovias como Dutra, e Ayrton Senna/Carvalho Pinto, suas principais rodovias são a federal Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte (MG), cortando o município de Mairiporã no sentido Sul-Norte, já na divisa com Atibaia, e a estadual rodovia Prefeito Luiz Salomão Chamma, que liga a rodovia Tancredo Neves, em Franco da Rocha, até a Fernão Dias, em Mairiporã.
Ou sejam: realidades muito distintas que podem acabar causando um diversionismo na defesa de interesses de regiões tão distintas.
Não há que se duvidar, no entanto, que o ingresso de mais um município é positivo para as finanças do Condemat, que passa a contar com mais um contribuinte para a manutenção e até ampliação de sua estrutura de atendimento, além de ganhar mais peso político. Os prós e contras da adesão de Mairiporã, no entanto, devem ter sido bem pesados pelos atuais dirigentes dos consórcio.
E eles, certamente, devem ter encontrado mais prós que contras.
O Condemat passou a ser formado pelas cidades de Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Igaratá, Itaquaquecetuba, Mairiporã, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Branca, Santa Isabel e Suzano.
Problemas mogianos
Entre as tantas pesquisas eleitorais que estão sendo realizadas por grupos políticos e empresariais da cidade para sondar as preferências do eleitorado com vistas às eleições do próximo ano, a coluna teve acesso ao recorte de uma delas, que trata dos problemas que mais atormentam os mogianos nos dias atuais.
A segurança pública é o principal deles, seguida, conforme ordem de prioridade definida pelos entrevistados, por: saúde pública, pavimentação, transporte coletivo, administração pública, desemprego, educação pública, limpeza e coleta de lixo, desigualdade social, trânsito, infraestrutura, saneamento básico e calçadas, entre outros.
Centenário
O escritório político do PL (leia-se Valdemar Costa Neto) está especialmente empenhado nos preparativos para a sessão solene do próximo dia 2 de junho, na Câmara Municipal, em que será comemorado o centenário do nascimento do ex-prefeito municipal de Mogi das Cruzes, Waldemar Costa Filho.
A proposta da homenagem foi do vereador José Luiz Furtado (PSDB) e além de políticos locais e amigos do mineiro, comenta-se que Valdemar Costa Neto estaria convidando alguns nomes fortes do Congresso Nacional para o evento.
Já existe até quem fale em Jair e Michelle Bolsonaro.
Patriota
Entre os partidos que estão inativos na cidade, um deles é o Patriota, pelo qual Felipe Lintz disputou as eleições municipais passadas e também concorreu a deputado federal no ano passado.
A agremiação que iniciou atividades em Mogi no dia 20 de abril do ano passado, tornou-se inativa a partir de 30 de dezembro daquele ano, segundo o Tribunal Regional Eleitoral. Lintz vinha atuando como assessor de um deputado federal, em Brasília.
E até agora não deu qualquer sinal de que pretende participar do pleito de Mogi, no próximo ano.
Rio Tietê (1)
As primeiras discussões sobre os reais e mais imediatos problemas que afetam o rio Tietê ocorreram, nesta sexta-feira (19), em São Paulo, durante a primeira reunião do Fórum de Integração das Ações de Recuperação do Rio Tietê (IntegraTietê).
No encontro, estiveram representantes das regiões do Alto, Médio e Baixo Tietê.
Na reunião, foi apresentado o formulário digital, um canal para onde o debate será direcionado e detalhado, unificando as informações e facilitando a adoção de medidas em curto e médio prazo.
Outro ponto de destaque foi um alerta sobre o crescimento da mancha de poluição difusa ao longo de toda a calha do rio.
Rio Tietê (2)
Em relação aos municípios da região do Alto Tietê, onde Mogi está inserida, o aumento da mancha de poluição estaria relacionado, além da maior incidência de chuvas este ano, à carga cada vez maior de esgotos domésticos dos municípios, além de ligações clandestinas que são jogadas nas redes pluviais.
Trata-se de algo que deverá demandar uma participação maior das prefeituras para a sua solução.
Tratando a água
As obras para implantação da Estação de Tratamento de Água do bairro do Parateí, em Guararema, foram iniciadas nesta sexta-feira (19), pela Sabesp, em parceria com a Prefeitura.
As obras exigirão um investimento de R$ 1,5 milhão para instalação de uma estação modular compacta, com capacidade para tratamento de 10 litros de água por segundo.
A estação deverá beneficiar cerca de 7,5 mil pessoas dos bairros do Parateí, Jardins Colônia, Luiza, Dulce e Chácaras Guanabara.
Até setembro deste ano, a ETA deverá estar operando.