Mogi contrata mais do que demite em janeiro deste ano
Em janeiro de 2021, antes da atual onda crítica de Covid-19, Mogi das Cruzes registrou mais admissões do que desligamentos, o que indicava um fôlego econômico, com mais abertura do que fechamento de vagas e oportunidades de trabalho. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Ao todo, no primeiro mês deste […]
Reportagem de: O Diário
Em janeiro de 2021, antes da atual onda crítica de Covid-19, Mogi das Cruzes registrou mais admissões do que desligamentos, o que indicava um fôlego econômico, com mais abertura do que fechamento de vagas e oportunidades de trabalho. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Ao todo, no primeiro mês deste ano foram listadas 3.811 admissões, contra 3.412 encerramentos de contrato de trabalho. O saldo é positivo com 399 empregos, número 7% superior ao mesmo período de 2020, quando a pandemia do novo coronavírus ainda não havia sido anunciada no Brasil.
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Naquela época, embora menos pessoas tenham sido admitidas no mercado (3.750), também houve menor índice de desligamentos (3.378), ficando o saldo positivo de 372 empregos.
Porém, quando se analisa o balanço dos últimos 12 meses, os números não são nada positivos. Entre fevereiro de 2020 e janeiro de 2021, Mogi registrou 38.805 contratações, mas o número de demissões foi 39.273, ou seja, cerca de 1,2% maior do que a abertura de vagas, gerando o resultado negativo de 468 postos de trabalho.
O índice confirma o cenário de urgência que o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes e Alto Tietê (Sincomércio) vem relatando a O Diário. Segundo ele, desde o início da pandemia, em março do ano passado, cerca de 1,5 mil comércios já fecharam na cidade. Alguns exemplos no ramo alimentício são o Buxixo Bar, o restaurante Bottega 3 e o Coronel Boteco.
E com a nova crise, a situação pode piorar. Com a continuidade de restrições de circulação, a previsão de Valterli é que entre 30 a 40% das “lojas pequenas” fechem na cidade, por falta de recursos para manter as portas abertas.
Aliás, o sindicato protocolou um ofício nas prefeituras de Mogi e demais cidades da região pedindo para, assim que possível, atendentes, balconistas e outros trabalhadores do setor sejam incluídos no programa de vacinação, para que possam voltar a atender com segurança.
Neste documento, também há críticas à medidas mais rígidas, como um isolamento total, que é quase o que acontece hoje na cidade, quando vigora uma “fase crítica”, com restrição de circulação durante todo o dia.
Estado e região
Em todo o Estado, em janeiro último foram registradas 500.552 admissões, contra 425.349 desligamentos. O saldo é positivo em 75.203 empregos. Já no Alto Tietê, a única cidade que registrou balanço negativo é Salesópolis. Por lá, foram 26 admissões e 41 desligamentos, ou seja, 15 vagas foram fechadas
Depois de Mogi das Cruzes, a cidade com mais contratações (1.879) foi Suzano, que teve 1.727 baixas, ficando o número final em 152 novos postos de trabalho. Na sequência está Itaquaquecetuba, com 1.850 novos contratos e 1.678 encerramentos, gerando índice “azul” de 172.
Os próximos municípios são Poá, com 1.119 admissões e 913 desligamentos, estabelecendo saldo de 206; Arujá, com 939 admissões e 719 demissões, ficando com saldo de 220; e Ferraz de Vasconcelos, com balanço de 183 vagas a partir de 750 contratações e 567 encerramentos.
Depois há Guararema, com 274 novos empregos e 230 baixas, o que gera um saldo de 44, Santa Isabel com 230 contratações, 184 desligamentos e saldo de 46; e Biritiba Mirim, com 89 admissões e 50 encerramentos, saldo de 39.