Mogi divulga dados retroativos da Covid-19 e total de mortes se aproxima de 500

Reportagem de: O Diário

Mogi das Cruzes se aproxima de ultrapassar o triste marco de 500 vítimas fatais da Covid-19. Após acréscimo de dados retroativos, a cidade notificou recorde de 12 mortes por complicações do novo coronavírus nas últimas 24 horas. 

Questionada sobre o expressivo aumento nesta sexta-feira (4), a Secretaria Municipal de Saúde de Mogi informou a O Diário que “a plataforma de atualização Sivep, onde são registrados os casos mais graves de Covid-19, ficou fora do ar por cerca de 15 dias e a equipe do Departamento Municipal de Vigilância em Saúde conseguiu acessar o sistema entre quinta (3) e sexta (4), gerando atualização de óbitos represados”.

O documento acrescenta que “dos 12 casos registrados nesta sexta-feira (04), quatro ocorreram no mês de dezembro, sete em novembro e um em agosto”.

Deste total, cinco pacientes estavam internados em unidades de saúde da cidade e sete em hospitais e Upas de outros municípios como São Paulo e Santa Isabel.

Com a atualização, Mogi passa a totalizar 491 vítimas fatais do novo coronavírus e segue na liderança do ranking regional, acompanhada de Itaquaquecetuba e Suzano, com 338 e 272 mortes cada, respectivamente.

Ao todo, o Alto Tietê soma 1.619 vidas perdidas para o novo coronavírus, de acordo com dados fornecidos pelas Vigilâncias Epidemiológicas de cada cidade. 

Além de Mogi, Itaquaquecetuba registrou mais duas mortes por Covid-19 nesta sexta-feira (4), enquanto Salesópolis e Suzano notificaram uma nova vítima fatal cada. 

O total de casos confirmados da doença na região saltou para 38.386, dos quais 9.625 são referentes apenas a mogianos. Do montante, 30.496 pacientes, ou 79,4%, foram classificados como recuperados pelas prefeituras e estão de volta ao convívio social. O índice antes em alta, permaneceu estagnado no último mês. 

UnicaFisio

A Secretaria Municipal de Saúde revelou nesta sexta-feira (4) a O Diário que já finalizou a montagem dos 30 leitos na UnicaFisio, ao lado do Hospital Municipal, que servirão de retaguarda para os casos mais leves da Covid-19 e também para pacientes em recuperação da doença após alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Mas “ainda faltam alguns detalhes técnicos de instalação, como isolamento do sistema de ar-condicionado”, acrescenta a pasta.

De acordo com a secretaria, o local começará a atender pacientes “tão logo seja concluída a instalação e em caso de demanda”.

A sala com os leitos atuará como uma extensão do Hospital Municipal, gerenciado pela Fundação do ABC, igual visto no já desativado Hospital de Campanha da cidade.

Internações

As internações de pacientes diagnosticados com o novo vírus também cresceram. 

A taxa média de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), exclusivos para pacientes com o novo coronavírus, nos três hospitais estaduais do Alto Tietê, estava em 73,5% na tarde desta sexta-feira (4). A situação mais crítica ainda é observada no Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, no Mogilar em Mogi das Cruzes. Todos as 10 vagas de UTI da unidade estavam em uso na data, de acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde.

No Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos, onde estão credenciados 16 leitos de UTI, a ocupação era de 70,5%. Já no Hospita Santa Marcelina, em Itaquaquecetuba, um dos dois leitos de UTI estava em uso.

A pasta estadual reforça em nota que “as taxas variam no decorrer do dia em virtude de fatores como altas, óbitos ou transferências para leitos de enfermaria ou UTI, por exemplo. Também pode ocorrer redirecionamento de leitos para atendimento a pacientes com outras patologias, à medida que há menor demanda de casos do coronavírus”.

A secretaria acrescenta que é mantido “um esquema especial de gestão de leitos hospitalares, para dar prioridade à internação de pacientes com quadros respiratórios agudos e graves, com suporte da Central de Regulação e Oferta de Serviços de Saúde para as transferências”.

Infogripe

O boletim semanal Infogripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revela que 97,7% das ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) reportadas no país em 2020 e com exame positivo para alguma infecção viral se deram em decorrência da Covid-19 (leia mais).