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Prefeito acerta a “testa” de governador com um tiro

Waldemar Costa Filho, prefeito de Mogi, e o governador de São Paulo à época, Orestes Quércia, nunca se alinharam em termos políticos. E muito menos ainda em questões administrativas. O malufismo os separava e distanciava cada vez mais.   Certo dia, o governador veio a Suzano e criticou o prefeito de Mogi. Waldemar não se fez […]

12 de setembro de 2021

Reportagem de: O Diário

Waldemar Costa Filho, prefeito de Mogi, e o governador de São Paulo à época, Orestes Quércia, nunca se alinharam em termos políticos. E muito menos ainda em questões administrativas. O malufismo os separava e distanciava cada vez mais.  

Certo dia, o governador veio a Suzano e criticou o prefeito de Mogi. Waldemar não se fez de rogado. E mandou publicar, em seção livre, que ocupou toda a primeira página deste jornal  uma série de fatos que atestavam a inércia e inépcia do governo quercista em relação à cidade. Quércia nunca respondeu. 

Mas passados alguns meses, o governador veio inaugurar uma etapa da Barragem do rio Jundiaí, lá pelos lados de Biritiba Ussu. 

Como estava brigado com o prefeito, trouxe a claque da Capital. 

Com tanta gente junta, o palanque não suportou e veio abaixo. Foi uma confusão das grandes.
Os adversários atribuíram o fato a uma suposta praga lançada pelo prefeito Waldemar.

O tiro

O tempo passou e, um certo dia, alguém provocou Waldemar Costa Filho em relação a um revólver calibre 38, que ele trazia sempre consigo, numa valise escura, mantida estrategicamente a seu alcance, sobre a mesa de trabalho, em seu gabinete, na Prefeitura. 

Ao ouvir o desafio, o prefeito não titubeou. Abriu a maleta, sacou o “tresoitão” e atirou contra a foto oficial do governador Quércia, dependurada na parede, quase à sua frente. 

A bala perfurou a “testa” de Quércia e o quadro lá permaneceu durante algum tempo, até que um colunista social do “Estadão” publicou uma nota questionando o estranho buraco  sobre a fronte do governador, na foto oficial do gabinete do prefeito de Mogi. 

Depois disso, o quadrosimplesmente sumiu da parece. Misteriosamente.

Língua difícil
O prefeito de Grossos (RN), Raimundo Pereira, tropeçava no Português. Certo dia, ele pediu à secretária que convocasse uma reunião de seu primeiro escalão para sexta-feira, mas mudou de ideia depois de uma pergunta da moça: “Prefeito, sexta é com ‘x’ ou com ‘s’?” Para não pagar micro, o prefeito foi rápido: “Sei lá… marque para sábado”. 

Mogi também já teve prefeitos um tanto, digamos, nem tão letrados assim, como atesta a história contada à coluna pelo veterano assessor Argêu Batalha, que contava o milagre, mas não o santo. 

Certa tarde, o prefeito retirou o talão de cheques da gaveta e pediu à secretária que preenchesse um no valor de 60 mil cruzeiros.  Diante da inevitável pergunta se 60 era com “s” ou  “c”, ele não se apertou: “Preencha dois, de 30 mil  cada um…”

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