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Caio Cunha atribui à pandemia parte dos problemas na saúde em Mogi

Cunha argumenta que o fechamento do Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas Luzia Pinho de Melo – administrado pelo governo do Estado de São Paulo – sobrecarregou os equipamentos municipais de saúde

21 de agosto de 2024

Caio Cunha é entrevistado por Saulo Tiossi | Fabio Pereira – O Diário

Reportagem de: Fabio Pereira

O prefeito de Mogi das Cruzes e candidato à reeleição, Caio Cunha (Podemos), afirmou que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) impactou diretamente o sistema de atendimento da Secretaria Municipal de Saúde. Segundo o chefe do Executivo mogiano, a sobrecarga no trabalho dos últimos anos e os desafios deixados pela crise sanitária dificultam a recuperação dos serviços oferecidos à população.

A justificativa de Cunha ocorreu durante a sua participação no quadro “Fala, Povo!” – do programa “O Diário Entrevista” – apresentado pelo jornalista Saulo Tiossi, que vai ao ar sempre às sextas-feiras, às 11h, pelas redes sociais de O Diário. Na ocasião, os munícipes enviaram suas opiniões acerca de quais áreas mais necessitam de investimentos e atenção do Poder Executivo mogiano. Vale lembrar que a sabatina permanecerá disponível no YouTube e também pode ser acompanhada por áudio, em formato podcast, pelo canal do Spotify de O Diário, o DiárioCast.

VEJA VÍDEO ABAIXO:

Questionado sobre a demora enfrentada pelos moradores nas demandas de saúde, especialmente nas filas de espera, Cunha argumentou também que o fechamento do Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas Luzia Pinho de Melo – administrado pelo governo do Estado de São Paulo – sobrecarregou as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do município, causando acúmulo nos equipamentos municipais.

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“Com o PS fechado, as demandas foram redirecionadas para nossas UPAs e Pronto-Socorro. Além disso, a pandemia aumentou a necessidade de leitos de média e alta complexidade, que são de responsabilidade do Estado”, explica Cunha.

“O que aconteceu? As pessoas iam para UPA ou Pronto-Socorro e, aquelas com necessidade de acompanhamento em leitos de média e alta complexidade, a gente colocou elas na Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (CROOS) e encaminhamos ao Estado”, completa.

O prefeito ressaltou que o governo estadual, à época, operava com um número reduzido de leitos, o que aumentou o tempo de espera nas filas. Segundo ele, os pacientes que antes eram atendidos em até 24 horas passaram a esperar até quatro dias nos equipamentos municipais, resultando em superlotação.

Ainda durante a entrevista, outros temas pertinentes à saúde foram debatidos. Um deles foi o atraso na abertura da maternidade, construída no distrito de Braz Cubas. Embora a obra tenha sido concluída em 2022, o equipamento permanece inativo devido ao alto custo operacional, estimado em cerca de R$ 6 milhões mensais. O chefe do Executivo argumenta que esse custo deve ser arcado pelo Estado e pela União, e não pelo município.

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