Caio Cunha usa as redes sociais para responder acusação de propaganda antecipada
Prefeito utilizou as redes sociais para comentar a repercussão da decisão da Justiça a respeito de suposta campanha eleitoral antecipada

Caio Cunha publicou a resposta nos stories do Instagram | Reprodução
Reportagem de: Fabricio Mello
O prefeito Caio Cunha (Pode) usou a forma que ele mais gosta e que vem sendo a sua principal plataforma desde a primeira eleição para responder as acusações de campanha eleitoral antecipada: as redes sociais. Por meio de uma sequência de stories no Instagram, ele rebateu a ação do União Brasil e a decisão da Justiça.
O União Brasil acusou o Podemos de praticar propaganda eleitoral antecipada para a reeleição de Caio Cunha ao promover o evento de lançamento de pré-campanha em vídeos e em materiais impressos (leia mais abaixo).
No story publicado na tarde de ontem (19/6), Caio Cunha brincou com a acusação, repetindo a chamada “busca e apreensão na sede do partido do prefeito Caio Cunha” em tom de ironia, e se posicionou sobre o tema.
- Clique e receba notícias de O Diário por WhatsApp.
- Inscreva-se e acesse o canal de O Diário no Youtube.
“A gente fez uma baita de uma pré-campanha e só resta pra oposição chorar.”
Segundo o prefeito, a denúncia teria acontecido por conta de um jornal institucional feito pelo Podemos para celebrar o lançamento de sua pré-campanha. A partir daí, Caio Cunha diz que advogados da oposição fizeram uma representação acusando o partido de campanha antecipada.
“A própria Justiça Eleitoral reconheceu que não houve campanha antecipada. No despacho, a juíza Ana Carmem de Souza Silva deixa claro que o material está em conformidade com as regras eleitorais”, escreveu o prefeito em outro story.
Sobre o caso
A decisão citada pelo prefeito ganhou publicidade ontem de manhã. Nela, o União Brasil acusa o Podemos de praticar campanha eleitoral antecipada durante o ato de lançamento da pré-candidatura de Caio Cunha.
O Diretório Municipal do União Brasil de Mogi das Cruzes se manifestou por meio de seu advogado, Ricardo Vita Porto. “O excesso de gastos na pré-campanha eleitoral pode ensejar a condenação por abuso do poder econômico, com a cassação da candidatura e declaração de inelegibilidade.”
A juíza Ana Carmem de Souza Silva, do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, entendeu, entretanto, que nas imagens enviadas pelo União Brasil não houve pedido de votos – explícitos ou implícitos. Contudo, os materiais impressos veiculados não atenderam aos critérios impostos pela Justiça, que, nesse caso, é conter o CNPJ ou CPF do responsável pela confecção, pela solicitação do material e a respectiva tiragem.
Por conta disso, a juíza determinou que fosse realizada a busca e apreensão dos materiais impressos na sede do partido em Mogi das Cruzes.
Em resposta à essa parte da decisão, Caio Cunha escreveu que a discussão sobre “haver ou não CPNJ no material entregue será feita dentro do processo pela defesa do Podemos”.