Comércio vende equivalente a dois meses com decoração de Natal, diz ACMC
Presidente da associação repercutiu, em entrevista ao O Diário, a decisão da prefeitura sobre o descarte da decoração em 2024; segundo a gestão, medida foi necessária para cortar gastos
Fádua durante entrevista | Reprodução
Reportagem de: Fabricio Mello
Para a Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC), a decoração de Natal da cidade gera um retorno considerável, tanto para os comerciantes, quanto para a prefeitura de Mogi das Cruzes. A declaração foi dada pela presidente da associação, Fádua Sleiman, durante a sua participação no programa “O Diário Entrevista” na sexta-feira (22).
O programa, vale lembrar, é apresentado pelo jornalista Saulo Tiossi. O programa é transmitido pelas redes sociais do O Diário e pelo canal do YouTube ao vivo, toda sexta-feira, às 10h. Após a transmissão, a gravação fica salva e pode ser acessada a qualquer momento.
Fádua foi questionada se, para o comércio, a decoração de Natal da cidade gera retorno. O tema foi pauta da entrevista porque Mogi das Cruzes descartou a decoração temática em 2024. Segundo a prefeitura, a medida foi necessária para “honrar seus compromissos”, ressaltando que a administração entrou em processo de contingenciamento de gastos.
Além de Mogi, Guararema – conhecida pela tradicional “Cidade Natal” – também descartou a realização da decoração em 2024. Na cidade, a medida gerou preocupação e revolta entre os comerciantes.
“A gente sabe que tudo é custo. A gente sabe que o poder público precisa tirar a verba de um lugar para levar para outro, mas isso [a decoração de Natal] gera renda, empregabilidade, receita para a Prefeitura. O prefeito Caio disse que investiu R$ 1 milhão, mas teve retorno de muito mais.”
Ainda na análise da presidente da ACMC, a decoração de Natal incentiva que os consumidores frequentem mais os centros comerciais e, consequentemente, consumam mais na cidade, “deixando seus impostos” em Mogi.
“Quando a cidade está iluminada, as pessoas ficam motivadas a sair de suas casas e a comprarem. Para eles, [a decoração de Natal] é extraordinária porque eles vendem o equivalente a dois meses,” ressaltou Fádua.