Drone pulveriza e filma terreno de seis mil metros quadrados repleto de entulhos
Além de pulverizar contra a dengue, drone também flagra crime ambiental e terreno com irregularidades na Vila Cintra é descoberto

Drone flagra terreno irregular na Vila Cintra | Divulgação PMMC
Reportagem de: Josué Suzuki
A operação com uso de drones para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, em Mogi das Cruzes, flagrou um terreno particular de 6 mil metros quadrados na Vila Cintra repleto de entulhos e criadouros. O proprietário foi notificado e poderá ser multado.
A Prefeitura de Mogi começou nesta sexta (17/5) o uso do equipamento para o combate a dengue. Já no primeiro dia, o trabalho começou pela Vila Suíssa, na esquina das ruas Pedro Genovês com José Veríssimo, e percorreu também os bairros do Mogi Moderno, Vila Cintra e Vila Oliveira.
Neste caso da Vila Cintra, o terreno é todo cercado e não seria possível saber a situação dele sem o uso do drone. O equipamento fez toda a pulverização do local e o proprietário foi notificado neste sábado (17) pela equipe de fiscalização e posturas da Prefeitura. Ele tem 30 dias para promover toda a limpeza do local. Caso não seja feita, será aplicada uma multa. As multas podem chegar a mais de R$ 9 mil, em caso de reincidência.
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Segundo a coordenadoria e comunicação da prefeitura, o caso da Vila Cintra ilustra um dos maiores benefícios do uso do drone. O objetivo principal é pulverizar, mas ele acaba também filmando os lugares, facilitando os trabalhos de fiscalização.
“A lei permite que a prefeitura entre em terrenos fechados, mas isso requer estrutura, equipe policial etc. O uso do drone custa R$ 200 a hora e permite a fiscalização dos espaços, flagrar crimes ambientais como esses”, informa a prefeitura.

Sobre o drone
O equipamento utilizado é um drone originalmente usado na Agricultura, com capacidade para 8 litros de larvicida. O produto é um larvicida biológico altamente eficaz contra larvas de mosquitos e borrachudos transmissores de doenças e sem riscos para a saúde humana. São quatro pulverizadores (um em cada haste), com apoio operacional de outro drone que indica os locais e áreas de risco.
“O drone já está sendo utilizado em algumas cidades para controle do Aedes aegypti. Temos uma legislação de 2016 que permite a entrada forçada em imóveis fechados, mas a utilização do drone é mais prática, menos invasiva e mais econômica”, explica o vice-prefeito, Téo Cusati. “O drone consegue acessar áreas específicas, mais distantes, extensas ou com algum fator de inacessibilidade”, completa o diretor do Departamento Municipal de Vigilância em Saúde, Jefferson Renan de Araújo Leite.
O novo serviço deverá impulsionar o trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti no período de estiagem e temperaturas mais baixas, prevenindo grandes infestações na próxima temporada de calor e chuvas.
Casos de dengue
Até o momento, Mogi das Cruzes registrou 188 casos positivos de dengue e nenhum óbito neste ano. A vacinação prossegue dentro da rotina e é destinada para crianças e adolescentes de 10 e 14 anos. Está disponível em qualquer Postos de Saúde ou unidade do Programa Saúde da Família de segunda a sexta-feira, das 8 às 16h30, ou até as 18h30 nas unidades que mantém horário estendido.