Professor da Etec de Mogi usava vara de bambu em aula para intimidar alunos, acusa mãe
Segundo a responsável, o docente da instituição intimidava os alunos com uma vara de bambu e usou palavras ofensivas contra sua filha
Mãe da estudante registrou uma denúncia junto ao Centro Paula Souza, além de um boletim de ocorrência | Reprodução
Reportagem de: Ana Lívia Terribille
Um professor da Escola Técnica Estadual Presidente Vargas (Etec), em Mogi das Cruzes, foi afastado nesta quinta-feira (5) após ser denunciado por ofender e assediar alunos. A denúncia foi feita por uma mãe, que preferiu não se identificar, alegando que sua filha, junto a outros estudantes, foram alvo de insultos e comentários de conotação sexual desde julho deste ano.
De acordo com a mãe, o professor intimidava os alunos com uma vara de bambu e, em uma das ocasiões, chamou sua filha de “prostituta”, afirmando que ela “não teria problemas, porque geralmente elas são bem-sucedidas”.
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Em um vídeo compartilhado com a reportagem, o professor aparece segurando a vara e pergunta a um aluno: “Você quer ficar de quatro ou quer estudar comigo nas minhas matérias?”, repetindo a frase duas vezes em tom de ameaça. Para preservar a identidade dos envolvidos, O Diário optou em não publicar o vídeo.
A mãe informou que registrou uma denúncia junto ao Centro Paula Souza (CPS), que administra a Etec, além de um boletim de ocorrência. Ela também retirou sua filha do curso em que o professor lecionava e transferiu-a para outro horário.
Investigação
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), o caso foi registrado como intimidação sistemática (bullying) e está sendo investigado pelo 1º Distrito Policial de Mogi das Cruzes. As partes envolvidas foram notificadas e outras diligências estão em andamento.
“Os detalhes serão preservados por envolver menor de idade e para garantir a autonomia das investigações”, informou a SSP em nota.
A mãe da estudante também relatou que o professor, após descobrir a denúncia, continuou a ameaçar outros alunos da sala.
O Centro Paula Souza (CPS), também procurado pelo O Diário, informou que instaurou uma apuração interna dos fatos e afastou o professor preventivamente. A instituição também afirmou que prestou acolhimento à aluna e sua família. Confira a nota:
O Centro Paula Souza (CPS) informa que instaurou uma apuração dos fatos e afastou o professor nesta quinta-feira (5). A escola acolheu a aluna e seus familiares. O CPS repudia toda forma de assédio e mantém uma Comissão Permanente de Orientação e Prevenção contra o Assédio Moral e Sexual (Copams). Todas as denúncias devem ser feitas pelos e-mails [email protected] e [email protected].
O caso segue sob investigação.