Saiba como mogiana de 17 anos foi aceita na 25ª melhor universidade do mundo
Beatriz Picone (17) foi aceita em seis das dez melhores universidades do Canadá
24/06/2024 15h50, Atualizado há 17 meses
Bia Picone foi aceita em seis das dez melhores universidades do Canadá | Reprodução.
Realizar o sonho de estudar em uma universidade fora do Brasil não é uma tarefa simples. Ele começa a ser realizado alguns passos antes do final do ensino médio para os estudantes que buscam uma graduação numa instituição de excelência.
Este é o caso da mogiana Beatriz Picone, de 17 anos, que passou por esse processo e candidatou-se a admissão em seis universidades entre as 10 melhores do Canadá (Waterloo, British Columbia, Calgary, Ottawa, Alberta e Toronto), sendo aceita em todas elas, optando pela Universidade de Toronto, a 25ª melhor universidade do mundo.
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Beatriz escolheu o curso de “Management Co-Op” no Campus de Scarborough, de onde sairá com o título de especialista na área. Trata-se de uma graduação em Administração com título de especialização no final, onde ela buscará a de Negócios Internacionais.
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Para entender como ela conseguiu tal feito, é necessário conhecer os passos para solicitar como a admissão funciona fora do país. Afinal, diferentemente do Brasil, para ingressar em universidade estrangeira não existe vestibular.

O processo
Para explicar, nada melhor do que os próprios pais da estudantes. Segundo Laerte Silva, advogado e pai da adolescente, antes de mais nada é necessário compreender que as instituições estrangeiras utilizam indicadores para considerar uma admissão. O chamado GPA (Grade Point Average), o qual indica o nível de aproveitamento por meio das notas, podendo algumas delas considerar o histórico escolar desde o ensino fundamental II até o ensino médio. Por isso, difere bastante o processo de aceitação internacional do conhecido vestibular das grandes universidades brasileiras.
Toda a qualificação e cursos extracurriculares são aproveitados e bem vistos pelas instituições internacionais, portanto, além da vontade, o aluno tem que demonstrar qualificações.
O processo todo leva meses antes do fim do ensino médio e requer paciência e dedicação no acompanhamento da seleção, que geralmente é informada por e-mail e carta da universidade, em geral após a virada do ano, considerando-se que o período letivo, principalmente na América do Norte, é diferente do brasileiro. Existem empresas no Brasil que prestam mentorias para auxiliar na parte burocrática, o que pode ser uma boa pedida para quem pensa em estudar no exterior.
Ranking de melhores universidades do mundo
A classificação das melhores instituições ao redor do mundo é feita por uma consultoria internacional, com sede no Reino Unido, a QS World University Ranking, que aponta anualmente as 1500 melhores universidades no mundo.
Neste ranking, por exemplo, as universidades brasileiras mais bem colocadas são a Universidade de São Paulo (92) e a Universidade Estadual de Campinas (232). Beatriz vai estudar na melhor universidade do Canadá, Universidade de Toronto, que hoje ocupa a 25ª posição.

Qualificações necessárias
Em primeiro lugar, o nível de fluência na língua estrangeira é essencial e precisa ser validada através de certificações internacionais próprias, a exemplo, para o inglês, doTOEFL, IELTS e Cambridge, exames de proficiência mais conhecidos. Com isso, o primeiro grande passo é dedicar-se ao estudo do idioma do país em que pretende estudar no futuro.
“Como os exames de proficiência no idioma são de extrema importância para o processo de aplicação para estudar fora, a preparação também exigiu bastante dedicação e prática por meio de exercícios e atividades de simulação de como seria o exame oficial”, afirma Beatriz.
Também é necessário que o estudante cadastre-se na universidade de interesse (cada uma tem um critério específico e época própria), onde apresentará os dados, aspirações, o que espera receber como formação e porque a universidade é importante para a vida futura profissional e também o que poderá contribuir para o mundo acadêmico na universidade pretendida. São pontos relevantes na avaliação do processo de aplicação, como se dá o nome a essa candidatura.
Recomendação
Cartas de recomendação de professores e da direção da escola são solicitadas para formar um conjunto de informações na aplicação, inclusive para demonstrar como pretende arcar com os custos, ou mesmo a dificuldade de pagar, onde então, conforme a instituição de ensino, o pretendente poderá também aplicar para bolsas de estudo. Há gastos com o curso, como hospedagem, alimentação e material de estudo.
Beatriz de malas prontas
Beatriz Picone se prepara para viver uma das maiores experiências da sua vida pelos próximos quatro anos. A opção por Toronto se deu porque a Universidade de 197 anos de existência está classificada como a 25ª melhor instituição de ensino superior no mundo, conforme o QS World University Ranking. Com isso, ela se prepara para o início das aulas, com embarque marcado para o final de agosto.
Ana Picone, mãe de Beatriz, afirma que a maior preocupação era passar por todo o processo complexo, fazer a aplicação para as universidades e vagas de bolsas. Após a aceitação, resolver a parte burocrática, que envolve toda a documentação. Já o pai, Laerte, diz que o desafio daqui pra frente é cuidar do suporte financeiro e familiar pra vencer a distância e adaptação ao Canadá.
Além de estar bem preparada para a nova jornada fora do país, Beatriz adora cantar, tocar violão, piano e já estudou artes cênicas. Tem fluência em inglês, fala francês, espanhol, italiano, e ainda, estuda alemão e mandarim. Aos 17 anos, ela comemora o fim de um ciclo com essa conquista especial.
“Terminar todo o processo de aplicação com sucesso me traz muita felicidade, pois todo o esforço e estudo empregado valeram a pena. Agora, antes de ir estudar no Canadá tem o estabelecimento dos pontos finais, como a emissão do visto e a decisão acerca da grade de horários na universidade, mas tudo isso me deixa extremamente animada para começar essa nova fase que com certeza vai expandir meus horizontes e oportunidades”, conclui.