Diário Logo

Valverde declara: ‘O PT não vai mandar no governo’, em compromisso registrado em cartório

Pré-candidato à Prefeitura de Mogi das Cruzes pelo PT, Rodrigo Valverde registrou outras 12 promessas a serem cumpridas caso vença as eleições deste ano

14 de agosto de 2024

Rodrigo Valverde explica compromissos registrados em cartório | Reprodução – Redes Sociais

Reportagem de: Fabio Pereira

“O PT não vai mandar no governo”, afirmou Rodrigo Valverde, pré-candidato à Prefeitura de Mogi das Cruzes pelo PT, em um vídeo postado em suas redes sociais. Ele registrou, recentemente, em um documento público no 1º Cartório de Registro de Imóveis e Anexos, uma série de compromissos que deverá cumprir caso vença a eleição. Entre esses tópicos, Valverde destacou que será a autoridade máxima na administração municipal, garantindo que nenhum partido, incluindo sua própria legenda, terá influência sobre suas decisões.

Desde o lançamento oficial da pré-candidatura, em abril, Rodrigo Valverde trabalha para acabar com a rejeição do eleitorado mogiano ao PT, que, historicamente, nunca venceu a disputa do Poder Executivo na cidade. À época, o petista anunciou uma coligação diversificada – denominada “Mogi da Prosperidade” – composta pelos partidos PT, PV, PCdoB, PDT, Democracia Cristã, PSOL, PMB, Rede e Solidariedade. 

Valverde nega que a coligação formada com os partidos de centro e centro-direita esteja atrelada ao histórico negativo do PT em relação à disputa majoritária no município.

“Essa união, não só do campo progressista, mas também dos partidos de centro e centro-direita, é muito mais em função de não querer nem o presente que está aí (na Prefeitura de Mogi das Cruzes), e nem o passado dos coronéis”, afirmou Valverde, fazendo referência aos mandatos recentes do grupo político liderado pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. 

A declaração vai ao encontro da entrevista cedida ao O Diário, também em abril, em que o petista destacou que a legenda pode ser forte na cidade.

“Na eleição passada tivemos 18% dos votos, uma votação histórica para o PT. Faltaram somente 5% para chegarmos ao segundo turno. Agora, com essa junção de partidos, que atingem setores da sociedade que antes não tínhamos relação, acreditamos que chegaremos no segundo turno”, reforçou. 

Em 2020, apesar da votação de Rodrigo Valverde – 33.509 votos –, ele não conseguiu avançar para o segundo turno. Na ocasião, o ex-prefeito Marcus Melo, candidato pelo PSDB, e o atual chefe do Executivo de Mogi das Cruzes, Caio Cunha (Podemos), seguiram na disputa com 81.555 votos (42,29%) e 54.591 votos (28,31%), respectivamente.

Para ir ao segundo turno, sem dúvida, Valverde precisará obter mais votos em comparação com a eleição anterior. Na ocasião, além de PT e PSOL, apenas o Unidade Popular (UP) apoiou a candidatura do petista. A estratégia utilizada, em 2024, foi o aumento da quantidade de partidos que integram a coligação, formando uma frente diversificada. Um dos primeiros movimentos foi o anúncio da pré-candidata a vice-prefeita pela chapa, Jane Gondim (PDT).

Questionado sobre as colocações não tão à esquerda, como prega a bandeira histórica do PT, o candidato afirmou que não se trata de uma campanha moderada, mas sim “democrática”. 

“O campo progressista em Mogi das Cruzes está totalmente maduro e sabe os princípios e valores que defende. É fundamental a importância de mais sete siglas (nesta campanha) além de PT e PSOL. Todos esses partidos juntos formaram um programa para o desenvolvimento da cidade. Por isso, não pode ser (representado) só o partido e a bandeira do PT. Rodrigo Valverde representa uma frente ampla de nove partidos”, finalizou o petista

Os compromissos

Além deste, entre os principais compromissos, Valverde também afirma que o quadro dos secretários municipais será composto por cidadãos naturais de Mogi das Cruzes, ou seja, pessoas que tenham nascido na cidade. A exceção, neste caso, será para aqueles que residem no município. Também registrou, oficialmente, propostas em relação ao transporte, segurança, saúde, saneamento básico, combate aos alagamentos, entre outros possíveis avanços.

Veja Também