Advogada de Suzano que defende Deolane é indiciada por falsidade ideológica e associação criminosa
Ação decorre de suposta participação na abertura de empresas biônicas de fachada que possibilitaram à máfia chinesa acessar indiretamente o sistema PIX

Adélia Soares | Reprodução
Reportagem de: Fabio Pereira
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte), indiciou a advogada Adélia Soares, natural de Suzano, por falsidade ideológica e associação criminosa. Ela trabalha, atualmente, no caso da influenciadora Deolane Bezerra, presa recentemente em uma investigação feita para conter um esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
Adélia Soares, advogada que atua na região do Alto Tietê, também é conhecida por sua participação no Big Brother Brasil em 2016 e por sua atuação em casos de figuras públicas. Em um dos casos mais recentes, ela fez a defesa da mulher do participante Buda, participante do último BBB.
O indiciamento de Adélia Soares decorre de sua suposta participação na abertura de empresas biônicas de fachada que possibilitaram à máfia chinesa acessar indiretamente o sistema PIX, impactando apostas brasileiras.
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De acordo com a PCDF, a investigação revelou que, por meio dessas empresas de fachada, instituições de pagamento não autorizadas pelo Banco Central do Brasil movimentaram aproximadamente R$ 2,5 bilhões em operações cambiais fraudulentas. Essas transações foram efetuadas para facilitar a remessa de apostas ao exterior.
Além disso, ainda segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, os investigadores descobriram que para respaldar essas operações fraudulentas, foram utilizados Cadastro de Pessoas Físicas (CPFs) de pessoas que já morreram para criar documentos falsificados e realizar as transações.
Dado o suposto envolvimento com crimes contra o sistema financeiro nacional, o inquérito policial foi encaminhado à Justiça Federal para os devidos procedimentos legais.
- O Diário entrou em contato com a assessoria da advogada Adélia Soares, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.