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“Situação de calamidade”, diz enfermeira de Suzano que atuou como voluntária no RS

Voo que levou os voluntários foi realizado pela Força Aérea Brasileira; enfermeira atuou na linha de frente por nove dias

26 de maio de 2024

Entre os principais desafios enfrentados por Priscila, destacam-se questões de segurança e a logística de viabilização de voos | Arquivo Pessoal

Reportagem de: Ana Lívia Terribille

Com o objetivo de ajudar e fazer a diferença, a enfermeira Priscila Silva, de 24 anos, residente de Suzano, na região Metropolitana de São Paulo, decidiu agir além das doações financeiras e de materiais para ajudar as vítimas de uma catástrofe natural no Rio Grande do Sul. Movida por um sentimento de solidariedade, ela embarcou para o estado no dia 15 de maio.

Priscila viajou sozinha, mas rapidamente formou uma rede de apoio com outros profissionais que conheceu durante o voo, realizada com a FAB (Força Aérea Brasileira). “Eu fui sozinha e fiz amizade com alguns profissionais no voo”, comentou. Sua missão voluntária não se limitou apenas ao trabalho de enfermagem, pois ela se prontificou a ajudar em todas as áreas onde sua ajuda fosse necessária. “Atuei não só como enfermeira, mas em todas as áreas que eu podia ajudar.”

Entre os principais desafios enfrentados por Priscila, destacam-se questões de segurança e a logística de viabilização de voos para os voluntários. “Pessoas ruins, segurança no RS, pouca gente ajudando e principalmente a viabilização de voo”, enumerou ela.

Além de se prontificar a ir ao RS, a enfermeira levou consigo uma grande quantidade de insumos arrecadados pela universidade onde se formou, conhecida como UNIPIAGET Suzano. Embora não soubesse precisar a quantidade exata, mencionou que havia diversos materiais hospitalares essenciais, como medicações, agulhas e gazes.

Após algumas semanas no local, Priscila descreveu a situação do estado como calamitosa. Entre as principais necessidades da população, ela destacou a falta de produtos de limpeza e medicamentos, itens que ainda está tentando arrecadar. “Situação de calamidade, produtos de limpeza, remédio. Inclusive, estou arrecadando algumas coisas”, relatou.

Como ressaltado no início da reportagem, a enfermeira vivenciou a experiência de embarcar com a Força Aérea Brasileira (FAB). Para ela, foi um ponto positivo em sua jornada. “Incrível, pessoas incríveis, muito humanos e que cuidaram muito bem da gente”, disse, elogiando o suporte recebido durante a viagem.

Apesar de não ter tido uma preparação específica para essa missão, Priscila se lançou de corpo e alma, levando apenas seus materiais de trabalho e um grande desejo de ajudar.

“Levei apenas meus materiais de trabalho. Servi como pude e foi incrível!”, declarou.

Segundo Priscila, ela não recebeu nenhum treinamento formal para emergências desse tipo, mas diz que se adaptou rapidamente e conseguiu cumprir com as exigências.

Ao todo, foram nove dias como voluntária. A enfermeira retornou neste sábado (25) para Suzano.

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